Poluição difusa urbana decorrente do desgaste dos freios automotivos: estudo de caso na Sub-Bacia 1 do rio Belém em Curitiba – PR

Autores

  • Carlos Mello Garcias
  • Ellen Mayara Sottoriva

DOI:

https://doi.org/10.17058/redes.v15i3.1093

Palavras-chave:

Poluição Difusa, Freios automotivos, Rio Belém.

Resumo

A poluição difusa é a menos conhecida dentre todos os tipos de poluição, sua origem podendo ser natural ou antrópica. Por se tratar de impurezas, possuem uma dispersão maior no corpo hídrico, dificultando a quantificação e a caracterização da fonte poluidora. Através do escoamento superficial, pela precipitação da chuva, esse resíduo chega aos rios causando impactos significativos na qualidade das águas. O rio Belém atravessa pontos importantes como parques e áreas densamente povoadas. O trânsito de veículos nos ambientes urbanos é muito intenso ocasionando elevado desgaste dos freios. O objetivo foi avaliar o efeito poluidor do desgaste dos freios de veículos na Sub-Bacia 1 do rio Belém decorrente do carreamento de partículas ocasionado pela chuva. Realizou-se levantamentos bibliográficos, visitas em oficinas, consulta ao banco de dados da Urbanização de Curitiba, identificação de 8 pontos amostrais, sendo 4 nas águas da bacia e 4 nas ruas, analisando o fluxo de veículos. Analisou-se o desgaste de duas pastilhas de uma roda em um veículo por 60 dias, estimando o possível desgaste de acordo com o fluxo de veículo. O fluxo de veículos por hora nos 4 pontos analisados foram: Ponto 1: 1290; Ponto 2: 565; Ponto 3: 144; e ponto 4: 745. O desgaste das duas pastilhas analisadas em um dia foi aproximadamente 0,0035g; portanto, em um ano seria 1,269g. Comparado o desgaste dos freios com o fluxo de veículos nos pontos 1, 2, 3 e 4, a área que apresenta maior potencial poluidor, devido ao maior fluxo de veículos, é Ponto 1: em 1 hora o desgaste do fluxo de veículos foi 0,140g. É inevitável que ocorra o desgaste dos freios de veículos, a manutenção e a troca dos mesmos. Nas análises nos pontos amostrais não foi possível identificar a concentração das partículas. Sugere-se que, devido a esses materiais serem insolúveis em água, com o carreamento constante, as partículas tendem a sedimentar no fundo dos rios. Portanto, as metodologias de quantificação em água não devem ser as únicas utilizadas para avaliar o potencial poluidor, tornando-se necessária a continuidade de estudos com análises mais específicas para materiais sedimentáveis.

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Publicado

2010-11-24

Como Citar

Garcias, C. M., & Sottoriva, E. M. (2010). Poluição difusa urbana decorrente do desgaste dos freios automotivos: estudo de caso na Sub-Bacia 1 do rio Belém em Curitiba – PR. Redes, 15(3), 5 - 25. https://doi.org/10.17058/redes.v15i3.1093

Edição

Seção

Artigos