Urbanização e dinâmica socioespacial do pequeno município de Guapó: transformações territoriais a partir da produção de habitação social no espaço da RM Goiânia (GO)
DOI:
https://doi.org/10.17058/redes.v28i1.18456Palavras-chave:
Dinâmica socioespacial, Demografia, Metropolização, Moradia socialResumo
Este paper, parte integrante da pesquisa “Produção habitacional contemporânea: impactos na reconfiguração urbana e socioespacial na Região Metropolitana de Goiânia (RMG)”, desenvolvida com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg), a partir de metodologia de avaliação pós-ocupação, tem por objetivo compreender o fenômeno de destaque obtido pelo munícipio de Guapó, enquanto lócus privilegiado da produção social da moradia na região, bem como os impactos nos modos de vida, bem-estar ubano e acesso a oportunidades da população beneficiária. Projeto originado como desdobramento de pesquisa de doutoramento (Borges, 2017), reconhece, como premissa de investigação, o papel político imanente aos empreendimentos ofertados pelo Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), baseado em diferentes formas de organização do processo habitacional, tendo por escopo amenizar as desigualdades socioespacais. Para tanto, apresenta como estudo de caso os resultados da pesquisa desenvolvida junto a moradores do Residencial Bandeiras, que se destaca pelo porte do empreendimento (640 unidades habitacionais), num pequeno município metropoitano com 19.545 habitantes, segundo o Censo 2022 (IBGE, 2023), localizado à 37 km de distância de Goiânia (pólo), evidenciando um novo vetor do nicho residencial social de mercado em direção àquela área do espaço metropolitano. O interesse em pesquisar a produção de moradia do Programa MCMV (Faixa 1), na RMG, no âmbito da política urbana, a partir das Ciências Sociais Aplicadas e Humanas, tem perspectiva científica e de colaboração para a mudança social e o desenvolvimento sustentável das cidades.
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