Resiliência aos desastres em cidades costeiras: um estudo de vulnerabilidade socioambiental em Itajaí
DOI:
https://doi.org/10.17058/redes.v29i1.19442Palavras-chave:
Desastres socioambientais, Mudanças Climáticas, Gestão de Risco de Desastres, Vale do ItajaíResumo
O município de Itajaí, situado no litoral Norte de Santa Catarina, possui um extenso histórico de desastres, com destaque para as inundações que frequentemente afetam a região. Essa situação se agrava com as mudanças climáticas, que intensificam o regime de chuvas e trazem a ameaça da elevação do nível do mar. Nesse sentido, o objetivo geral do artigo é realizar uma classificação de vulnerabilidade socioambiental (VSA) às inundações e aos movimentos de massa no município de Itajaí (SC), com vistas a elaboração de estratégias de resiliência aos desastres. A metodologia é um estudo de caso, quantitativo de cunho descritivo e avaliativo, que explora aspectos do estudo da vulnerabilidade, a partir da aplicação de um modelo de classificação bivariado resultado da construção de índices. Os resultados revelam que em Itajaí existem cerca de 48 mil habitantes vivendo em áreas de alta e/ou muito alta VSA. Existe também uma acentuada segregação socioespacial, na qual a população de baixa renda está concentrada em áreas pequenas com alta probabilidade de ocorrência de desastres. Em contraste, a população de alta renda reside em áreas verticalizadas, caracterizada pela concentração de investimentos de atenuação do risco. Em síntese, Itajaí enfrenta um aumento crítico da vulnerabilidade a desastres, estando exposto aos efeitos adversos das mudanças climáticas. Diante desse cenário, é urgente considerar intervenções no modelo de Gestão de Riscos de Desastres para fortalecer a resiliência e promover a adaptação climática.
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