Impacto socioeconômico e ambiental da soca de arroz produzida na microrregião do Rio Formoso, Estado do Tocantins

Autores

  • Anna Cristina Lanna
  • Osmira Fátima da Silva
  • Alcido Elenor Wander
  • José Alexandre Freitas Barrigossi
  • Alberto Baêta dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.17058/redes.v13i1.639

Palavras-chave:

incremento de produtividade, excedente econômico, sustentabilidade, Ambitec-Agro, Ambitec-Social

Resumo

As plantas de arroz (Oryza sativa L.) possuem a capacidade de gerar perfilhos férteis após o corte dos colmos na colheita. Esta brotação, denominada soca, possibilita o segundo cultivo de arroz, o qual pode constituir-se numa alternativa prática para aumentar a produtividade de grãos em muitos agroecossistemas, principalmente em várzeas, visto que esta é a espécie mais adaptada. Sem a necessidade de preparo do solo nem de semeadura, o seu cultivo usa 60% menos água e 50% menos mão-de-obra que a cultura principal. Além disso, é uma prática que aumenta a produção de arroz por unidade de área e de tempo por apresentar menor duração de crescimento que um novo cultivo. O sucesso do aproveitamento da soca é determinado pelas práticas empregadas na cultura principal, tais como: época de plantio, altura do corte das plantas, manejo de fertilizantes, sistema de plantio e colheita, bem como pelas práticas que promovem uma rápida e uniforme brotação como fertilização nitrogenada, manejo de água e tratos fitossanitários. Ênfase deve ser dada na sua importância como uma alternativa para aumentar a produção sem acrescer a área de cultivo e com menor custo de produção, possibilitando reduzir a sazonalidade do uso de máquinas e implementos, aumentar a produtividade das várzeas tropicais com qualidade ambiental e de produção, além de incrementar a renda líquida dos produtores. Os impactos regionais da adoção dessa tecnologia, implantada em várzeas tropicais da microrregião do Rio Formoso, no Estado do Tocantins, foram avaliados nas dimensões econômica, social e ambiental, no período de cinco anos. Para avaliação econômica foi utilizada a metodologia do excedente econômico, utilizando-se dados conjunturais oficiais do período de 2003 a 2007 e do custo de produção do arroz irrigado no Estado do Tocantins. Para o período analisado, a soca foi adotada em 20% da área total cultivada com arroz irrigado e foi estimado um benefício econômico que variou de dois milhões de reais, na safra 2002/2003, para trezentos mil reais, na safra 2006/2007, correspondentes a um adicional de aproximadamente 13 mil toneladas de arroz em casca, em 2003, e 1,2 mil toneladas de arroz em casca, em 2007. Para avaliação social e ambiental utilizou-se o Sistema Ambitec Social e Ambiental, respectivamente, desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente, com obtenção do índice de impacto de 0,43 para a dimensão social e de 0,03 para a dimensão ambiental

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2008-12-11

Como Citar

Lanna, A. C., da Silva, O. F., Wander, A. E., Barrigossi, J. A. F., & dos Santos, A. B. (2008). Impacto socioeconômico e ambiental da soca de arroz produzida na microrregião do Rio Formoso, Estado do Tocantins. Redes, 13(1), 28-48. https://doi.org/10.17058/redes.v13i1.639

Edição

Seção

Artigos