Política, planejamento e governança do desenvolvimento regional - quo vadis?

Autores

  • Rainer Randolph IPPUR / UFRJ - Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional

DOI:

https://doi.org/10.17058/redes.v22i1.8646

Palavras-chave:

Política nacional de desenvolvimento regional. Governança neogramsciana. Escalas políticas e geográficas. Agenda regional.

Resumo

Apesar de ser cedo para avaliar as recentes mudanças políticas e institucionais que houve, no Brasil, especialmente a nível do Estado e do governo federal, não parece arriscado trabalhar com a hipótese de que os obstáculos que já atrasaram a aprovação e a implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, a PNDR II, elaborada a partir de 2012, tendem a aumentar e podem levar, em última instância, ao abandono dessa política. Nessas circunstâncias, eis a proposta defendida neste trabalho: a discussão sobre políticas de desenvolvimento regional poderia resgatar a agenda do desenvolvimento regional em outras escalas e por meio de novos formatos institucionais. Em última instância, o presente ensaio pretende apresentar uma argumentação que sustenta essa perspectiva por meio de quatro passos. Primeiro, será elaborada a compreensão mais profunda do significado da aparente “impossibilidade” de criar uma política regional nacional. Para auxiliar essa análise, a seguinte discussão sobre politica, planejamento, governo e governança vai apresentar uma determinada concepção do Estado (capitalista), oriunda da articulação de três principais autores, Poulantzas, Offe e Jessop. Ao optar por uma compreensão próxima ao pensamento de Gramsci torna-se possível, no passo seguinte, compreender o termo governança criticamente. Finalmente, o artigo dedica-se a uma apreciação crítica das condições de viabilizar, concretamente, essa concepção neogramsciana de governança. Chega-se à conclusão que a “exequibilidade” de uma governança que exige a inclusão “real” de forças sociais desprivilegiadas possa depender da escala (social, territorial) na qual está sendo exercida. Pode ser um caminho promissor de pensar numa “superação dialética” do poder local para resgatar agendas regionais.

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Biografia do Autor

Rainer Randolph, IPPUR / UFRJ - Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional

Professor Titular aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Professor Colaborador Voluntário no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional do IPPUR; Prof. Colaborador na Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ - e docente colaborador do mestrado profissional Políticas Sociais e Dinâmicas Regionais

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

Randolph, R. (2016). Política, planejamento e governança do desenvolvimento regional - quo vadis?. Redes, 22(1), 218-239. https://doi.org/10.17058/redes.v22i1.8646

Edição

Seção

Desenvolvimento Urbano e Regional: Processos, Políticas e Transformações Territoriais