UM CANTO PARA SER MAIS: MÚSICA E RESISTÊNCIA NO VALE DO JEQUITINHONHA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/rea.v29i2.16082

Palavras-chave:

Práticas Sociais, Processos Educativos, Educação Bancária, Colonialidade.

Resumo

A pesquisa que resultou neste artigo, teve como objetivo analisar processos educativos desencadeados a partir do coral Trovadores do Vale, localizado no Vale do Jequitinhonha, MG. O coral está em atividade há 50 anos, com um repertório que percorre cantos de trabalho, cantos de roda, cantos religiosos e danças. Partimos da problemática de que o legado colonial e moderno marginalizou saberes e práticas e entendemos que por meio da cultura popular, sujeitos formam resistência, construindo e contando sua história. A metodologia e o percurso metodológico foi se contruindo em diálogo com os sujeitos da pesquisa, na perspectiva da pesquisa participante. Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizados diários de campo, entrevistas semi-estruturadas e documentos para análise. Por meio da triangulação dos dados obtidos, surgiram três categorias temáticas. Os processos educativos que abordaremos neste artigo, foram oriundos de duas delas, a saber, “músicas e versos na comunidade Trovadores do Vale” e “história, resistência e fecundidade”. Dialogamos com autores como Enrique Dussel, Paulo Freire e Aníbal Quijano, e por fim, apontamos como o coral contribui para a transformação da realidade de vida em que se inserem.

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Biografia do Autor

Pedro Augusto Dutra de Oliveira, Universidade Federal de Juiz de Fora Professor no Departamento de Letras e Artes/Colégio de Aplicação João XXIII

Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos e Licenciado em Música pela Universidade de São Paulo. Professor no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Juiz de Fora e vice-coordenador do programa de extensão Arte em Trânsito, coordenando o projeto Pontes Comunitárias. Desenvolve pesquisa com os seguintes temas: Práticas Sociais e Processos Educativos; Educação Popular; Educação Musical e Humanização.

Maria Waldenez de Oliveira, Universidade Federal de São Carlos Centro de Educação e Ciências Humanas Departamento de Metodologia de Ensino

Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar (1980) - bacharelado e licenciatura, com mestrado em Educação Especial (Educação do Indivíduo Especial) pela Universidade Federal de São Carlos (1987) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (1996). Em 2003 fiz pós-doutorado em Educação Popular e Saúde junto à FIOCRUZ com os professores Eduardo Stoz e Victor Valla. Sou professora titular em "Educação Popular e Saúde: processos educativos em práticas sociais" (2013). Em 1986 ingressei como docente concursada na Universidade Federal de São Carlos/Departamento de Metodologia de Ensino. Desde 1998 atuo junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação, atualmente na Linha de Pesquisa "Práticas Sociais e Processos Educativos". De fevereiro a novembro de 2016 exerci o cargo de Secretária Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da UFSCar -SAADE órgão institucional ligado à Reitoria responsável pelas Políticas de Equidade da UFSCar. Em 2016 ,a SAADE coordenou o processo de elaboração, redação e aprovação da Política de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade atualmente vigente na UFSCar . Sou co-lider do Grupo de Pesquisa "Práticas Sociais e Processos Educativos" registrado no CNPq em 1997. Considerando-se as áreas do CNPq, tenho experiência na área de Educação, com ênfase em Tópicos Específicos de Educação, atuo principalmente nos seguintes temas: processos educativos, educação popular, educação popular e saúde. Faço parte da coordenação do projeto Mapeamento e Catalogação de Práticas de Educação Popular e Saúde de São Carlos, desde 2006, tendo este projeto recebido o prêmio Victor Valla de Educação Popular e Saúde do Ministério da Saúde em 2012. Sou membro do Grupo Municipal de Práticas Integrativas e Complementares e Educação Popular e Saúde da Secretaria de Saúde de São Carlos. Fui representante da Rede de Educação Popular e Saúde no Comitê Nacional de Educação Popular e Saúde do Ministério da Saúde desde agosto de 2009. Fui coordenadora dessa Rede no período de 2007 a 2014. Sou membro da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) - GT de Educação Popular e Saúde e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) - GT de Educação Popular, do qual fui coordenadora no período de 2014 a 2017, sendo atualmente parecerista ad hoc desses GTs. Fui representante da UFSCar junto à Associação de Universidades do Grupo Montevidéo (AUGM), no Núcleo Educação para a Integração (NEPI) de 1999 a 2017

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Publicado

2021-07-26

Como Citar

Oliveira, P. A. D. de, & Oliveira, M. W. de. (2021). UM CANTO PARA SER MAIS: MÚSICA E RESISTÊNCIA NO VALE DO JEQUITINHONHA. Reflexão E Ação, 29(2), 115-130. https://doi.org/10.17058/rea.v29i2.16082

Edição

Seção

Dossiê Temático: Paulo Freire e Educação Popular: cultura, metodologias, lugares e sujeitos