Programa de promoção da saúde: uma proposta para o trabalhador portuário no sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.17058/rips.v2i1.13292Palabras clave:
Saúde do Trabalhador, Fatores de Risco, Doenças Ocupacionais, Qualidade de Vida.Resumen
Introdução: o ambiente laboral portuário é notoriamente conhecido como um local que oferece diversificados riscos à saúde dos trabalhadores. Objetivo: propor um programa de promoção da saúde direcionado aos trabalhadores portuários avulsos. Método: trata-se de um programa de promoção da saúde elaborado com base em achados de estudos transversais prévios e na observação da rotina laboral do porto além de conversas informais com os trabalhadores e colaboradores do Órgão de Gestão de Mão de Obra do Porto do Rio Grande/RS. O modelo a ser seguido foi adaptado de O’Donnell (2013) e abrangeu as seguintes etapas: pactuação com os gestores, sensibilização, proposição de mudança do estilo de vida, proposição de ambiente favorável e avaliação. Resultados: foram estabelecidos 3 gestores e uma equipe de promoção da saúde a fim de sensibilizar os trabalhadores portuários e propor mudanças benéficas no estilo de vida, estimulando o desenvolvimento de um ambiente laboral mais favorável e, ao final de 12 meses de implementação, avaliar o impacto desse programa. Conclusão: ressalta-se a relevância da implementação e manutenção deste programa a fim de propor uma nova concepção a respeito do autocuidado com a saúde dos trabalhadores propiciando maior qualidade de vida no trabalho.
Descargas
Citas
Angeluci FL, Copacheski FM, Cieslack JL. A qualidade de vida no ambiente de trabalho e a aplicação dos princípios relativos ao programa de controle médico de saúde ocupacional. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança no Trabalho) Universidade Estadual de Ponta Grossa, Guarapuava, 2005.
Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde - Projeto Promoção da Saúde. As Cartas da Promoção da Saúde. 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_promocao.pdf> Acesso em: 28 fev. 2019.
Soares JFS, Cezar-Vaz MR, Mendoza-Sassi RA, Almeida TL, Muccillo-Baisch AL, Soares MCF, Costa, V.Z. Percepção dos trabalhadores avulsos sobre os riscos ocupacionais no porto do Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad Saúde Públ, Rio de Janeiro 2008; 24(6):1251-59. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2008000600006
Soares JFS, Cezar-Vaz MR, Cardoso LS, Soares MCF, Costa VZ, Almeida MCV. O risco do uso de drogas no trabalho portuário: estudo no extremo sul do Brasil. Esc Anna Nery Rev Enferm 2007;11(4):593-8. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452007000400006
Blanco RA. Atividade física e promoção da saúde: um estudo com os trabalhadores portuários avulsos (TPAs) do porto do Rio grande/RS. Dissertação (Mestrado em Enfermagem), Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande/RS, 2008.
Cezar-Vaz MR, Soares JFS, Almeida MCV, Cardoso LS, Bonow CA. Doenças relacionadas ao trabalho autorreferidas por trabalhadores portuários avulsos. Cienc Cuid Saúde 2010; 9(4):774-81. doi: http://dx.doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v9i4.11928
Cezar-Vaz MR, Almeida MCV, Bonow CA, Rocha LP, Borges AM, Piexak DR. Casual dock workers: profile of disease and injuries and perception of influence on health. Int J Inviron Res Public Health 2014; 11:2077-91. doi: http://dx.doi.org/10.3390/ijerph110202077
Carvalho MP, Schmidt LG, Soares MCF. Musculoskeletal Disorders and their Influence on the Quality of Life of the Dockworker: a Cross-Sectional Study. Work 2016;53(4):805-12. doi: http://dx.doi.org/10.3233/WOR-162249
Ministério da Saúde. Cartilha para a modelagem de programas para promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças. Agência Nacional de Saúde Suplementar (Brasil) – Rio de Janeiro: ANS, 80p., 2011.
Agência Nacional de Saúde Suplementar. Cartilha para a modelagem de programas para promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças. Rio de Janeiro: ANS, 80p., 2011.
Grupo de Trabalho SIASS – Ministério da Educação. Programa de promoção à saúde e qualidade de vida no trabalho do IFRN. 2014. Disponível em: <http://portal.ifrn.edu.br/ifrn/servidores/saude-do-servidor/lateral/promocao-a-saude-e-qualidade-de-vida-no-trabalho/programa-de-promocao-a-saude-e-qualidade-de-vida-no-trabalho-do-ifrn> Acesso em: 17 fev. 2019.
O’Donnell MP. How to design and finance workplace health promotion programs. Troy: American Journal of Health Promotion, 2013.
Massola RM. Exercícios físicos na melhoria da qualidade e vida e capacidade de trabalho e na prevenção da dor e fadiga, entre trabalhadores de fábrica. Dissertação (Mestrado em Educação Física), Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP, 2007.
Ogata A, Simurro S. Guia prático de qualidade de vida: como planejar e gerenciar o melhor programa para a sua empresa. São Paulo-SP: Elsevier, 177p., 2009.
Peres EM, Dal Poz MR, Grande NR. Visita domiciliar: espaço privilegiado para diálogo e produção de saberes. Rev Enferm UERJ 2008; 14(2):208-13.
Oliveira NF, Souza MCBM, Zanetti ML, Santos MA. Diabetes mellitus: desafios relacionados ao autocuidado abordados em Grupo de Apoio Psicológico. Rev Bras Enferm 2011; 64(2):301-37. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672011000200013
Gomes-Villas Boas LC, Foss MC, Foss-Freitas MC, Torres HC, Monteiro LZ, Pace AE. Adesão à dieta e ao exercício físico das pessoas com diabetes mellitus. Texto & Contexto Enferm 2011; 20(2):272-9. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072011000200008
Freire, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
Manteli W. A nova abertura dos portos 1993: a luta pela modernização dos portos – Lei 8.630. Porto Alegre: Palomas, 208p., 2010.
Moraes C. História e conquistas da estiva. 2005. Disponível em: <http://www.estivarg.com.br/php/historia.php> Acesso em: 22 fev. 2019.
Von der Heyde R, Von der Heyde MED. Implementando modificações no estilo de vida. Rev Bras Hiperten 2004; 11(2):102-4.
Kuzins R. Firms feel just fine about fitness. The Business Journal Serving Greater Sacramento 1996; 13(39):17-8.
Wendel S. The healthy workplace: promoting wellness for a profitable company. Goldhirsh Group Inc 1996; 18(11):71-7.
King AC, Blair SN, Bild DE, Dishman RK, Dubbert PM, Marcus BH, Oldridge NB, Paffenbarger RS Jr, Powell KE, Yeager KK. Determinants of physical activity and interventions in adults. Med Sci Sports Exerc 1992; 24(6):S221-S36.
Bull F, Jamrozik K. Advice on exercise from a family physician can help sedentary patients to become active. Am J Prev Med 1998; 15(2):85-94.
Andrew GM, Oldridge NB, Parker JO, Cunningham DA, Rechnitzer PA, Jones NL, Buck C, Kavanagh T, Shephard RJ, Sutton JR. Reasons for dropout from exercise programs in post-coronary patients. Med Sci Sports Exerc 1981; 13(3):164-8.
Johnson CA, Corrigan SA, Dubbert PM, Gramling SE. Perceived barriers to exercise and weight control practices in community women. Women Health 1990; 16(3-4):177-91. doi: http://dx.doi.org/10.1300/J013v16n03_10
Alves EF. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho. Rev. Interfacehs 2011; 6(1):60-78.
Pimentel AF. Musicoterapia e promoção da saúde. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Musicoterapia), Conservatório Brasileiro de Música – Centro Universitário, Rio de Janeiro/RJ, 2003.
Engbers LH, van Poppel MN, Chin A Paw MJ, van Mechelen W. Worksite health promotion programs with environmental changes: a systematic review. Am J Prev Med 2005; 29(1):61-70. doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.amepre.2005.03.001
Noblet A, Lamontagne A. The role of workplace health promotion in addressing job stress. Health Promot Int 2006; 21(4):346-53. doi: http://dx.doi.org/10.1093/heapro/dal029
Golaszewisk T, Allen J, Edington D. Working together to create supportive environments in worksite health promotion. Am J Health Promot. 2008; 22(4):1-10. doi: http://dx.doi.org/10.4278/0890-1171-22.5.TAHP-1
Goetzel R, Ozminkowski R. The health and cost benefits of work site health-promotion program. Annu Rev Public Health 2008; 29:303-33. doi: http://dx.doi.org/10.1146/annurev.publhealth.29.020907.090930
Almeida MCV, Cezar-Vaz MR, Soares JFS, Silva MRS. Prevalência de doenças musculoesqueléticas entre trabalhadores portuários avulsos. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2012; 20(2):01-08. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692012000200005
Rosa DO, Bérgamo NM, Dorini SR. Organização de primeiros socorros na empresa. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Especialização em Medicina do Trabalho), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC, 2001.
Secretaria de Portos – Presidência da República. Saúde Pública. 2014. Disponível em: <http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/trabalhador/saude-e-seguranca-1/saude-publica> Acesso em: 18 fev. 2019.
Brasil. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 set. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm> Acesso em: 18 fev. 2019.
Brasil. Lei 8.630 de 25 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 fev. 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8630.htm> Acesso em: 18 fev. 2019.
Brasil. Lei 12.815 de 5 de junho de 2013. Dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 jun. 2013. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12815.htm> Acesso em: 18 fev. 2019.
Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Secretaria de Vigilância em Saúde. Glossário temático: promoção da saúde. Brasília: MS; 2012.
##submission.downloads##
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.
