Escore de Framingham em pacientes submetidos à revascularização miocárdica não participantes de um programa de reabilitação cardíaca

Auteurs-es

  • Claudia Turra Rossato
  • Tamires Daros dos Santos Universidade Federal de Santa Maria - UFSM https://orcid.org/0000-0002-4637-4185
  • Elizabeth Do Canto Brancher
  • Dannuey Machado Cardoso Faculdade Dom Alberto
  • Isabella Martins de Albuquerque Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI :

https://doi.org/10.17058/rips.v2i4.15472

Mots-clés :

Doenças Cardiovasculares, Revascularização Miocárdica, Fatores de Risco, Mortalidade.

Résumé

Objetivo: o objetivo do presente estudo foi mensurar o risco cardiovascular em pacientes que não tiveram acompanhamento em um programa de reabilitação cardíaca, quantificar níveis glicêmicos, lipídicos, pressão arterial sistólica e diastólica no primeiro retorno (corresponde a primeira consulta após a alta hospitalar) e segundo retorno (corresponde a 6 meses após a primeira consulta). Métodos: estudo descritivo e retrospectivo com corte transversal por análise de prontuários de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio e que não tiveram acompanhamento em um programa de reabilitação cardíaca. Pacientes de ambos os sexos, com idade entre 40 a 74 anos foram incluídos. Resultados: ao comparar o risco de desenvolver a doença arterial coronariana em 10 anos observou-se uma redução (p=0,021) entre o primeiro e o segundo retorno. Pelo cálculo do Escore de Framingham houve um aumento do número de pacientes de baixo risco de doença arterial coronariana em 10 anos (p=0,015) e em relação ao alto risco houve uma redução (p=0,015). Conclusão: a cirurgia de revascularização do miocárdio cumpriu seu papel quanto ao declínio do risco em desenvolver doença arterial coronariana em uma década. O procedimento cirúrgico e o tratamento farmacológico isolados não foram eficazes para diminuir a pontuação do Escore de Framingham.

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Claudia Turra Rossato

Fisioterapeuta graduada pela Universidade Federal de Santa Maria (2016). Possui pós-graduação em Terapia Intensiva com Ênfase em Oncologia e Controle de Infecção Hospitalar pela Universidade Franciscana (UFN). Também é pós-graduada na modalidade Residência Multiprofissional em Saúde no Hospital Santa Cruz.

Tamires Daros dos Santos, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Fisioterapeuta - UFSM
Mestre em Reabilitação Funcional - UFSM
Especialista em Reabilitação Físico Motora - UFSM
Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana - UFSM

Elizabeth Do Canto Brancher

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), especialização em Reabilitação Físico-Motora pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e mestrado acadêmico em Reabilitação Funcional pela UFSM. 

Dannuey Machado Cardoso, Faculdade Dom Alberto

Fisioterapeuta pela Universidade de Santa Cruz do Sul (2008), Mestre em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012) e Doutor em Ciências Pneumológicas pela UFRGS (2019). Atualmente é Coordenador e Professor do Curso de Fisioterapia da Faculdade Dom Alberto. 

Isabella Martins de Albuquerque, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria (1997), especialização em Saúde Coletiva pela UNIFRA (2000), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (2002) e doutorado em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009). Admitida por concurso público na Universidade Federal de Santa Maria em 2012, onde atualmente é professora adjunta do Departamento de Fisioterapia e Reabilitação.

 

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Publié-e

2019-10-01

Comment citer

Rossato, C. T., dos Santos, T. D., Brancher, E. D. C., Cardoso, D. M., & de Albuquerque, I. M. (2019). Escore de Framingham em pacientes submetidos à revascularização miocárdica não participantes de um programa de reabilitação cardíaca. Revista Interdisciplinar De Promoção Da Saúde, 2(4), 199-207. https://doi.org/10.17058/rips.v2i4.15472

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