“É gostoso e faz bem”: o passado que (re)encanta em campanhas publicitárias

Resumo

O presente estudo tem como objetivo analisar e discutir a utilização da memória teleafetiva, enquanto estratégia mercadológica, dentro do contexto da publicidade audiovisual contemporânea. Com o mercado competitivo, as empresas se colocam cada vez mais pressionadas em encontrar estratégias com vistas a reter a atenção dos consumidores (KOTLER, KARTAJAYA, SETIAWAN:2018). Portanto, parte-se da premissa que o apelo à memória teleafetiva do consumidor pelas marcas passou-se a ser compreendida como estratégia capaz de criar uma conexão sentimental com os consumidores, além de se configurar como um argumento de persuasão e engajamento. O escopo teórico deste se assenta nas contribuições dos autores basilares dos estudos sobre memória, a partir de Huyssen (2000), Pollak (1992) e Halwbachs (2003). Em relação ao conceito de memória afetiva e teleafetiva, o estudo se inclina nos escritos de Bressan Júnior (2019) e Le Breton (2009). O estudo evidencia que o apelo à memória afetiva do consumidor tem demonstrado ser uma tendência recorrente nas abordagens e práticas mercadológicas, o que carece de novos olhares acerca do seu uso e os efeitos advindos da prática nos consumidores.