A Medusa negra: um estudo intermidial sobre a capa de Urucum (2022), de Karol Conká
DOI:
https://doi.org/10.17058/rzm.v12i2.18858Palavras-chave:
Capa de álbum musical, Mito da Medusa, IntermidialidadeResumo
Depois de sua curta participação no BBB21, marcada por várias polêmicas e pelo impacto da "cultura do cancelamento" nas redes sociais, a rapper de Curitiba/PR, Karol Conká, lançou Urucum (2022), um álbum que buscava refletir sobre esse período. Além das letras, esse projeto musical se destaca pela produção da capa, na qual a cantora reinterpreta o mito da Medusa. Neste estudo, com base nos conceitos da Intermidialidade propostos por Elleström (2021), nosso objetivo é, nesse sentido, analisar os possíveis significados desse elemento imagético. Primeiramente, exploramos como a capa de um álbum pode ser definida e classificada dentro dessa perspectiva teórica. Em seguida, aprofundamos nossa análise nas modalidades da fotografia, linguagem usada para a composição da capa. Finalmente, utilizando os conceitos de primeiridade, secundidade e terceiridade elencados por Lucia Santaella (2005; 2018) a partir de Charles Peirce, conduzimos uma análise semiótica da capa. Por fim, chegamos à conclusão de que Karol Conká se apropria da personagem mitológica para tratar, entre outras questões, da maneira como foi animalizada em razão de sua participação no reality show.