Comparando a percepção de crianças monolíngues e bilíngues
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v35i0.1397Palavras-chave:
Percepção de oclusivas do PB. Voice Onset Time. Transferência interlinguística.Resumo
Neste trabalho, analisamos e comparamos os resultados de um teste de percepção aplicado em 30 alunos, organizados em três grupos distintos: monolíngues da cidade de Rio Grande, que não possuem contato com falantes de outra língua (grupo MR); monolíngues da cidade de Picada Café, que possuem contato com falantes bilíngues (grupo MP) e bilíngues da cidade de Picada Café (grupo B). Ao trabalharmos a percepção de oclusivas surdas e sonoras por grupos que apresentam produções distintas nesses segmentos, buscamos encontrar diferenças também na percepção de nossos participantes. Embasados na Fonologia Gestual, partimos de uma perspectiva dinâmica da percepção da fala. O teste, elaborado pelos autores, foi dividido em duas partes: alternativas com VOTs não-manipulados e manipulados (6 questões). A partir da análise dos dados, constatamos mais erros de percepção nas alternativas não-manipuladas no grupo MP, seguido do grupo MR e do grupo B. Diante de um VOT zero - alternativa manipulada - os grupos de Picada Café optaram pela opção ‘A’(surda), enquanto que o grupo de Rio Grande preferiu a alternativa ‘C’(sonora). Foi encontrada diferença significativa em apenas uma das análises realizadas, mostrando haver uma diferença existente entre o grupo bilíngue e os demais grupos. Acreditamos que as diferenças encontradas nos grupos de Picada Café ocorram em razão do contato de seus participantes com a língua de imigração Hunsrückisch, o que vai ao encontro da concepção dinâmica de aquisição de linguagem aqui explicitada.Downloads
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