Perspectivas de professoras de inglês para crianças: (re)planejar, (re)pensar e (trans) formar durante a pandemia (Covid-19)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/signo.v46i85.15654

Palavras-chave:

Perspectivas de professoras, Ensino de inglês para crianças, Pandemia Covid-19, Educação linguística

Resumo

O objetivo deste artigo foi analisar as perspectivas de professoras de inglês para crianças atuando no ensino remoto. Os dados foram gerados por meio de formulário online preenchido por 62 respondentes de vários Estados brasileiros. O foco de análise recaiu, em especial, sobre a questão que indagava se a ausência das aulas de inglês nos anos iniciais (educação infantil e primeiro ciclo do ensino fundamental), por conta da pandemia causada pela Covid-19, poderia causar algum prejuízo aos alunos. As análises indicam que, de modo geral, no entender das respondentes, a ausência de aulas implica na descontinuidade do contato com a língua o que comprometeria a aprendizagem de inglês. Com base nos resultados deste estudo, ressaltamos a importância da discussão sobre as razões para ensinar uma língua adicional para crianças, bem como a relevância da reflexão sobre concepções de língua(gem), de ensino e de aprendizagem, evidenciando a necessidade de formação docente e de debates nessa área.

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Biografia do Autor

Juliana Reichert Assunção Tonelli, Universidade Estadual de Londrina

Professora do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas, do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem e do Mestrado Profissional em Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Claudia Jotto Kawachi Furlan, Universidade Federal do Espírito Santo

Professora do Departamento de Línguas e Letras e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Espírito Santo.

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Publicado

2021-01-06

Como Citar

Reichert Assunção Tonelli, J., & Jotto Kawachi Furlan, C. (2021). Perspectivas de professoras de inglês para crianças: (re)planejar, (re)pensar e (trans) formar durante a pandemia (Covid-19). Signo, 46(85), 83-96. https://doi.org/10.17058/signo.v46i85.15654