Diálogos entre literatura e cinema: convergências e divergências entre as cadeias significantes do livro e do filme O Pequeno Príncipe
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v37i62.2334Palavras-chave:
Narrativa. Cadeias significantes. Texto literário. Texto cinematográfico.Resumo
Entre a obra literária e sua versão cinematográfica há adaptações, mudanças nos códigos que regem a enunciação. Quando sons, cores e luzes, falas, enquadramentos, gestos e movimentos devem contar a história, articulam-se aproximações e afastamentos em relação às cadeias significantes de sua correspondente no mundo das letras. Pelo método do comparativismo, este trabalho identifica em O Pequeno Príncipe exemplos de convergência e de divergência entre as cadeias significantes da obra literária – escrita por Antoine de Saint-Exupéry, em 1940 – e de sua versão cinematográfica, rodada em 1974, sob direção de Stanley Donen. De modo geral, as análises apontam que trechos literários com descrições muito pormenorizadas são de difícil transposição para a narrativa fílmica, o que condiciona a utilização de elipses. Nesse sentido, plots com menos implicações no conjunto da narrativa são mais facilmente descartados na versão cinematográfica. A questão temporal, que implica fundamentalmente no ritmo do produto audiovisual, é um dos fatores que mais obrigam o filme a determinados cortes em relação à narrativa literária. No entanto, o sentido geral da obra não parece ser alterado por esta condição. O afastamento entre os produtos das duas versões textuais destaca-se quando – numa evidente preocupação em manter o interesse de uma faixa de público mais ampla e massiva – o filme suprime algumas discussões de cunho mais profundamente filosófico, promovendo o fechamento de sentidos que, na versão literária, ficam em aberto.Downloads
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