O paradigma do céu e o paradigma da constelação: a filosofia e a poesia em A República, de Platão

Autores

  • Fabiano Felten
  • Jorge Alberto Molina

DOI:

https://doi.org/10.17058/signo.v37i62.2842

Resumo

Este trabalho realiza um ensaio sobre a obra Πλατωνοσ Πολιτεια, Platonos Politeia – a Politeia, de Platão, mais conhecida como A República. Serão abordados aspectos de sua argumentação acerca da formação da alma humana pela filosofia e pela poesia. Nesse sentido, de maneira geral, abordar-se-á a problematização que o filósofo helênico relaciona à natureza do fazer poético em meio a uma utopia ideal de constituição político-educacional de uma cidade. Em síntese, a partir do que diz o próprio autor, Homero não convém a uma πολις3. Imprópria ao que a teoria platônica concebe como verdade, um bem supremo que deve ser alvo de vida e que deve constituir o conhecimento humano, a poesia tradicional (épica, lírica e dramática), afastada que está, segundo Platão, das qualidades essenciais da verdade, precisa ser substituída por outra de caráter filosófico – e ter seu hedonismo balizado, em favor daquilo que o filósofo considera como ideal para a constituição de uma polis. Esse ideal deve ser sustentado por princípios morais e éticos justos, os quais Platão considera inviabilizados pela poesia tradicional, tal como ela é manifestada, de maneira geral, pela cultura helênica.

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Publicado

2012-01-04

Como Citar

Felten, F., & Molina, J. A. (2012). O paradigma do céu e o paradigma da constelação: a filosofia e a poesia em A República, de Platão. Signo, 37(62), 295-317. https://doi.org/10.17058/signo.v37i62.2842

Edição

Seção

Texto e hermenêutica