Apropriações e jagunçagens: um sertão homérico

Authors

  • Rafael Guimarães Tavares Silva Doutorando na Universidade Federal de Minas Gerais (POS-LIT/FALE/UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.17058/signo.v45i84.13708

Keywords:

Guimarães Rosa, Grande Sertão, Veredas, Recepção clássica, Homero, Estudos clássicos.

Abstract

Neste texto busco identificar as diferentes estratégias de composição de que se vale João Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas, para instituir o caráter épico de seu romance. Parto de uma consulta aos principais críticos da obra rosiana que se debruçaram sobre o assunto, sugerindo, através das diferentes hipóteses elaboradas até o momento, a importância da intertextualidade explicitamente estabelecida com as epopeias de Homero. Lendo atentamente certos trechos das respectivas obras proponho relações que demonstram a complexidade desse diálogo, no qual o escritor brasileiro tece uma leitura renovada e renovadora da tradição literária. Chamo atenção principalmente para a perspicácia com que Guimarães Rosa institui diferenças nas mais evidentes repetições, empregando de forma arejada recursos caros à antiga tradição homérica de poesia oral.

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Rafael Guimarães Tavares Silva, Doutorando na Universidade Federal de Minas Gerais (POS-LIT/FALE/UFMG)

Estudos Clássicos, Letras

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Published

2020-09-01

How to Cite

Silva, R. G. T. (2020). Apropriações e jagunçagens: um sertão homérico. Signo, 45(84), 90-100. https://doi.org/10.17058/signo.v45i84.13708