Decisão lexical e rastreamento ocular na leitura de vocábulos com prefixos, raízes e sufixos com letras transpostas
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v43i77.11407Palabras clave:
processamento morfológico, decisão lexical, rastreamento ocularResumen
O presente trabalho pretende contribuir para avançar o debate entre os modelos holísticos e decomposicionais de processamento morfológico, investigando o impacto da transposição de letras no processamento de vocábulos. O foco da pesquisa foi o de avaliar se há diferenças no processamento, dependendo da posição da transposição das letras, entres os morfemas que compõem os vocábulos, i.e., no prefixo, na raiz ou no sufixo. Com esse objetivo realizou-se experimento clássico de decisão lexical e experimento de decisão lexical monitorado por rastreador ocular. Os resultados do primeiro experimento teriam indicado apenas efeito de recência do sufixo na decisão lexical, enquanto que os resultados on-line do experimento de rastreamento ocular permitiram diferenciar os tempos de fixação nas regiões de prefixos, raízes e sufixos (Raiz > Sufixo > Prefixo), aduzindo evidências em favor de decomposição morfológica prévia ao acesso lexical.Descargas
Citas
BEYERSMANN, E., ZIEGLER, J. & GRAINGER, J. (2015). Differences in the Processing of Prefixes and Suffixes Revealed by a Letter-Search Task, Scientific Studies of Reading, 19:5, 360-373, DOI: 10.1080/10888438.2015.1057824.
BUTTERWORTH, B. (1983). Lexical representation. In: BUTTERWORTH, B. Language production. London: Academic Press, v. 2, p. 257-294.
CARAMAZZA, A.; LAUDANNA, A.; ROMANI, C. (1988). Lexical access and inflectional morphology. Cognition, 28, 297-332.
DIAS, A. D. (2013). O processamento morfológico de palavras formadas com bases presas no português brasileiro. Dissertação de Mestrado. João Pessoa: UFPB/Faculdade de Letras.
DI SCIULLO, AM.; & WILLIAMS, E. On the definition of word. Linguistic Inquiry Monographs. Cambridge, MA: MIT Press, 1987.
DUÑABEITIA, J.A., PEREA, M., and CARREIRAS, M. (2008). Does darkness lead to happiness? Masked suffix priming effects. Language and Cognitive Processes, 23, 10021020.
______ (2014). Revisiting letter transpositions within and across morphemic boundaries. Psychonomic Bulletin & Review, http://dx.doi.org/10.3758/s13423-014-0609-2. Advance on-line publication.
FORSTER, K.I., DAVIS,C., SCHOKNECHT, C., & CARTER, R. (1987).Masked priming with graphemically related forms: repetition or partial activation? Journal of Experimental Psycholinguistics 39, 211251.
FRANÇA, A. I.; LEMLE, M.; GESUALDI, A.; CAGY, M.; INFANTOSI, A. F. C. (2008). A neurofisiologia do acesso lexical: palavras em português. Veredas 2: 34-49.
GARCIA, D. C de. (2009). Elementos estruturais no acesso lexical: o reconhecimento de palavras multimorfêmicas no português brasileiro. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ/Faculdade de Letras.
______. (2015). Processamento de Palavras. In: Marcus Maia. (Org.). Psicolinguística, psicolinguísticas. 1ed.Rio de Janeiro: Contexto, v., p. 59-70.
GRAINGER, J. & WHITNEY, C. (2004). Does the huamn mnid raed wrods as a wlohe? Trends in Cognitive Science 8, 5859.
HALLE, M. E MARANTZ, A. (1993). Distributed Morphology and the Pieces of Inflection. Em: The View from Building 20. Hale, K. e Keyser, S.J. (Ed.). Cambridge, Massachussetts: MIT Press: 111-176.
IRWIN, D.E. (2004) Fixation Location and Fixation Duration as Indices of 105 Cognitive Processing. Em: The interface of language, vision, and action: eye movements and the visual world. Org.: John M. Henderson e Fernanda Ferreira. Nova Iorque. Psychology Press; 105-134.
MAIA, M., LEMLE. & FRANÇA, A.I. (2007). Ciências & Cognição 2007, 12, 02-17.
MAIA, M., RIBEIRO, A. J. C. (2012). Jabuticaba Liboramima lê mais fácil do que Jornaleiro Norbalense: um estudo de rastreamento ocular de palavras e pseudo-palavras mono e polimorfêmicas. In: Augusto Buchweitz; Mailce Motta. (Org.). Linguagem & Cognição. 1ed.Porto Alegre: EDIPUC-RS, 2015, v., p. 143-154.
MARSLEN-WILSON, W.; TYLER, L. K.; WAKSLER, R.; OLDER, L. (1994). Morphology and meaning in the English mental lexicon. Psychological Review, 101(1), 3-33.
MCCLELLAND, J. L., & ELMAN, J. L. (1986). The TRACE model of speech perception. Cognitive Psychology, 18, 1-86.
MEDEIROS, A. B. (2010). Para Uma Abordagem Sintático-Semântica Do Prefixo Des-. Revista da ABRALIN, v.9, n.2, p. 95-121.
PEDERNEIRA, I. (2010). Etimologia e reanálise de palavras. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ/Faculdade de Letras.
PINKER, S. (1991). Rules of language. Science, 153, 530-535.
RAYNER, K. (1998). Eye movements in reading and information processing: 20 years of research. Psychological Bulletin, 124, 372- 422.
RAYNER, K., WHITE, S.J., JOHNSON, R.L., & LIVERSEDGE, S.P. (2006). Raeding wrods with jubmled lettres: There is a cost. Psychological Science, 17, 192-193.
SILVA, M. C.; MIOTO, C. Considerações sobre a prefixação. ReVEL, v. 7, n. 12, 2009.
TAFT, M. (1979). Lexical access via an orthographic code: the basic orthographic syllabic structure (BOSS). Journal of Verbal Learning and Verbal Behavior, 18(1), 21-39.
TAFT, M.; FORSTER, K. I. (1976). Lexical storage and retrieval of polymorphemic and polysyllabic words. Journal of Verbal Learning and Verbal Behavior, 15(6), 607-620.
TAFT, M.; FOSTER, K. (1975). Lexical storage and retrieval of prefixed words. Journal of Verbal Learning and Verbal Behavior, 14(6), 638-647.
##submission.downloads##
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Declaro(amos) que o artigo submetido é pessoal, inédito, não representando reprodução, ainda que parcial, de obras de terceiros, assumindo a responsabilidade por todas as colocações e conceitos emitidos, bem como também autorizo(amos) sua publicação pela revista Signo, Universidade de Santa Cruz do Sul. Declaro(amos) exonerar a APESC/UNISC de todas e quaisquer responsabilidades, e indenizá-la por perdas e danos que venha a sofrer em caso de contestação (da originalidade e dos conceitos e ideias); Declaro(amos), caso o artigo seja aceito e publicado pela revista Signo, a cedência e transferência de forma definitiva e perpétua, irrevogável e irretratável, para a APESC, dos seus direitos autorais patrimoniais referentes ao artigo denominado nesta declaração, para utilização da APESC em finalidade educacional. Concordo(amos) e estou(amos) ciente(s) de que a publicação eletrônica é de livre acesso, regida com uma Licença Os autores que publicam na Signo retêm os direitos autorais de seu trabalho, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License que permite que os artigos sejam reutilizados e redistribuídos sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado. A Signo é propriedade da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul e hospeda na plataforma Open Journal System. Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.