Enunciação e cidadania: o replanejamento didático na busca pelas culturas negadas e silenciadas em sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v44i80.13305Palabras clave:
Língua Portuguesa e Literatura. Educação Linguística. Enunciação. Replanejamento didático. Letramento crítico.Resumen
Este artigo tem dois objetivos: 1) apresentar um relato de experiência de estágio de docência em Língua Portuguesa e Literatura, realizado numa turma de 7º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS); 2) refletir sobre o replanejamento didático em Língua Portuguesa e Literatura a partir das demandas emergentes da turma em questão, demandas estas relacionadas a posturas preconceituosas demonstradas pelos alunos uns em relação aos outros. A partir de uma reflexão conduzida por referenciais teóricos advindos da Linguística e da Educação – a teoria enunciativa de Émile Benveniste, a perspectiva de educação linguística de Simões et al. (2012) e as teorias pós-críticas de currículo e planejamento representadas por Santomé (1995), Corazza (1997) e Silva (2001) –, chega-se a duas conclusões. Primeira conclusão: é imprescindível inserir, no planejamento didático, as culturas negadas e silenciadas no currículo escolar, a fim de desenvolver junto aos alunos os letramentos críticos e protagonistas (ROJO, 2014), formando-os para o exercício da cidadania e o respeito à diversidade. Segunda conclusão: um planejamento didático pautado numa concepção enunciativa de linguagem e numa perspectiva de educação linguística comprometida com o acesso dos alunos às culturas de escrita contribui para o aprimoramento de suas competências e habilidades relacionadas à leitura e à produção de textos como práticas sociais de uso da língua.Descargas
Citas
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