A narração como reconciliação em "Dois irmãos", de Milton Hatoum
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v39i66.4529Palabras clave:
Narração. Identidade. Memória. Dois irmãos.Resumen
Este artigo apresenta uma leitura do romance Dois irmãos, de Milton Hatoum, em que se evidencia o papel da narração como fator de consolidação de uma identidade a partir da ressignificação do passado. Para tanto, a identidade é abordada como um processo eminentemente discursivo atrelado à memória, pois encontra no passado uma das fontes constituidoras. O caminho para apaziguar os conflitos do passado é a escrita, a narração, pois é a angústia de não saber nada sobre si e, por isso, não conseguir moldar uma identidade, que impulsiona Nael, o narrador-protagonista, a revolver o passado. No decorrer desse percurso memorial- narrativo surge a questão do duplo atrelada à problemática da formação identitária, destacando como a relação com a alteridade reflete-se na identidade do sujeito. A análise exposta encontra aporte teórico em obras de Stuart Hall, Joel Candau, Beatriz Sarlo, Michel Pollak, Ana Maria Lisboa de Mello.Descargas
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