Eu (es)corro: identidade líquida em "Hotel Atlântico", de João Gilberto Noll
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v39i66.4845Palabras clave:
Narrativa contemporânea. Hotel Atlântico. Identidade. Sujeito.Resumen
Com a globalização, o sujeito experimenta a fluidez e a volatilidade do tempo, em que as inúmeras esferas da sociedade atual – vida pública, vida privada, relacionamentos sociais e familiares – passam por uma série de transformações, cujas consequências esgarçam o tecido social. Nessa perspectiva, o artigo tem por objetivo analisar como se dá a representação da identidade do sujeito no romance Hotel Atlântico (1989), do escritor João Gilberto Noll. A partir de uma abordagem bibliográfica, a narrativa nolliana é lida e analisada à luz das ideias de Zygmunt Bauman, que trata da passagem da modernidade em seu estágio “sólido para o estágio líquido”. Considerando as ideias do sociólogo consoante às identidades líquidas, inconsumadas, o estudo dá atenção ao andarilho, narrador-protagonista do romance, um sujeito que está “fora”, à margem, e que vagueia nas fronteiras da pós-modernidade, sem almejar conhecimento, bens materiais ou afetos verdadeiros e recíprocos. Salienta-se que Hotel Atlântico, seja na representação crítica e fragmentária de condicionamentos sócio-históricos no texto e no enfoque temático quanto nas opções estéticas, desbrava a difícil tarefa de pensar a alteridade quando se tem um mal-estar coletivo que “derrete” a identidade do sujeito, impossibilitando sua afirmação em sociedade e o reconhecimento do “outro”. Outrossim, a leitura do romance possibilita discutir e refletir acerca de como experiências sociais podem ser exploradas esteticamente pelos escritores e como estratégias artísticas podem colaborar na representação de um determinado contexto social.Descargas
##submission.downloads##
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Declaro(amos) que o artigo submetido é pessoal, inédito, não representando reprodução, ainda que parcial, de obras de terceiros, assumindo a responsabilidade por todas as colocações e conceitos emitidos, bem como também autorizo(amos) sua publicação pela revista Signo, Universidade de Santa Cruz do Sul. Declaro(amos) exonerar a APESC/UNISC de todas e quaisquer responsabilidades, e indenizá-la por perdas e danos que venha a sofrer em caso de contestação (da originalidade e dos conceitos e ideias); Declaro(amos), caso o artigo seja aceito e publicado pela revista Signo, a cedência e transferência de forma definitiva e perpétua, irrevogável e irretratável, para a APESC, dos seus direitos autorais patrimoniais referentes ao artigo denominado nesta declaração, para utilização da APESC em finalidade educacional. Concordo(amos) e estou(amos) ciente(s) de que a publicação eletrônica é de livre acesso, regida com uma Licença Os autores que publicam na Signo retêm os direitos autorais de seu trabalho, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License que permite que os artigos sejam reutilizados e redistribuídos sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado. A Signo é propriedade da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul e hospeda na plataforma Open Journal System. Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.