Liberdade e denúncia social no texto poético de autoria feminina: Análise da obra O nome da manhã, de Marina Colasanti
DOI :
https://doi.org/10.17058/signo.v45i83.14863Mots-clés :
Estética da Recepção e do Efeito, Literatura juvenil de autoria feminina, Leitor implícito e texto poéticoRésumé
Este texto, a partir do aporte teórico da Estética da Recepção e do Efeito (JAUSS, 1994; ISER, 1996 e 1999), apresenta análises de poemas que compõem a coletânea O nome da manhã, de Marina Colasanti (2012). Justifica-se a escolha dessa obra, pois seus poemas são atraentes para o jovem leitor, possuem temas universais e contemporâneos, bem como potencialidades que despertam seu senso crítico e desautomatizam suas concepções sobre usos da língua, distinções estanques entre gêneros textuais e literatura de autoria feminina. Pelas análises, detectou-se que seu eu lírico, como exercício de resistência e subversão à ordem capitalista, captura em seu discurso cada instante como único, retirando-o da velocidade que define a vida hodierna, que a tudo atribui valor e/ou dilui. Os poemas de Colasanti (2012), pautados por vazios e potências de negação, suscitam reflexão crítica do leitor, por meio da revisão de hipóteses. Para tanto, evocam dados familiares com a finalidade de relativizá-los e/ou negá-los, ajustando o processo interativo na leitura. Por meio desse processo, eles suscitam do leitor que situe a si mesmo em relação ao texto, bem como atualize e modifique seu ponto de vista de uma perspectiva de apresentação para outra. Nesse processo, instaura-se a linguagem poética dotada de valor estético e a comunicabilidade que convoca o olhar de descoberta, o qual assegura o prazer intelectual na leitura (ISER, 1999.)Téléchargements
Références
ARMAZÉM DE TEXTO. Disponível em: <https://armazemdetexto.blogspot.com/2019/02/poema-da-circunstancia-mario-quintana.html>. Acesso em: 10 jan. 2020.
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos: mitos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Colab. de André Barault et al., coord. Carlos Sussekind, trad. Vera da Costa e Silva et al. 14.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Trad. Fernando Tomaz. 7.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
BOURDIEU, Pierre. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. Trad. Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
CAMARGO, Luís H. de. Poesia infantil e ilustração: estudo sobre Ou isto ou aquilo de Cecília Meireles. 214 p. Dissertação de Mestrado pela Universidade estadual de Campinas – UNICAMP, São Paulo, 1998.
CECCANTINI, João L. C. T. (org.). Leitura e literatura infanto-juvenil: memória de Gramado. São Paulo: Cultura Acadêmica: Assis, SP: ANEP, 2004.
COLASANTI, Marina. O nome da manhã. Ilustr. Marina Colasanti, São Paulo: Global, 2012.
COLASANTI, Marina. Minha guerra alheia. Rio de Janeiro: Record, 2010.
DIETZEL, Vera Lúcia. Recepção literária na Alemanha: entre o diálogo cultural e algumas escritoras brasileiras contemporâneas. In: SANTOS, Luísa Cristina dos (org.). Literatura e mulher: das linhas às entrelinhas. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2002.
ESCRITAS.ORG. Disponível em: <https://www.escritas.org/pt/t/11508/tecendo-a-manha>. Acesso em: 20 fev. 2020.
ESCRITAS.ORG. Disponível em: <https://www.escritas.org/pt/t/4171/trem-de-ferro>. Acesso em: 20 fev. 2020(2).
HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Trad. Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. Trad. Johannes Kretschmer. São Paulo: Ed. 34, 1999.
ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. Trad. Johannes Kretschmer. São Paulo: Ed. 34, 1996.
JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. Trad. Sérgio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1994.
JORNAL DE POESIA. Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/gula01.html>. Acesso em: 10 jan. 2020.
KRISTEVA, Julia. Introdução à semanálise. Trad. Lúcia Helena França. São Paulo: Perspectiva, 1974.
LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil brasileira: histórias e histórias. São Paulo: Ática, 2004.
LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
LEMINSKI, Estrela Ruiz Leminski. Poesia é não. 1.reimpr. São Paulo: Iluminuras, 2013.
LINDEN, Sophie Van der. Para ler o livro ilustrado. Trad. Dorothée de Bruchard. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
MARINACOLASANTI.COM. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2020.
NOTATERAPIA. Disponível em: <http://notaterapia.com.br/2020/01/21/marina-colasanti-e-cica-fittipaldi-sao-indicadas-ao-premio-hans-christian-andersen/>. Acesso em: 12 fev. 2020.
OLIVEIRA, Rui de. Breve histórico da ilustração no livro infantil e juvenil. In: OLIVEIRA, Ieda de (org.). O que é qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil: com a palavra o ilustrador. São Paulo: DCL, 2008, p. 13-47.
SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994, p.23-57.
STALLONI, Yves. Os gêneros literários. Trad. e notas Flávia Nascimento. Rio de Janeiro: Difel, 2001.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Declaro(amos) que o artigo submetido é pessoal, inédito, não representando reprodução, ainda que parcial, de obras de terceiros, assumindo a responsabilidade por todas as colocações e conceitos emitidos, bem como também autorizo(amos) sua publicação pela revista Signo, Universidade de Santa Cruz do Sul. Declaro(amos) exonerar a APESC/UNISC de todas e quaisquer responsabilidades, e indenizá-la por perdas e danos que venha a sofrer em caso de contestação (da originalidade e dos conceitos e ideias); Declaro(amos), caso o artigo seja aceito e publicado pela revista Signo, a cedência e transferência de forma definitiva e perpétua, irrevogável e irretratável, para a APESC, dos seus direitos autorais patrimoniais referentes ao artigo denominado nesta declaração, para utilização da APESC em finalidade educacional. Concordo(amos) e estou(amos) ciente(s) de que a publicação eletrônica é de livre acesso, regida com uma Licença Os autores que publicam na Signo retêm os direitos autorais de seu trabalho, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License que permite que os artigos sejam reutilizados e redistribuídos sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado. A Signo é propriedade da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul e hospeda na plataforma Open Journal System. Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.