Sobre a relação entre antecedente e conseqüente em proposições com operadores condicionais
DOI :
https://doi.org/10.17058/signo.v32i52.35Mots-clés :
Condicionais. Semântica. Pragmática.Résumé
Em linguagem natural, parece ser obrigatória a existência de uma relação de sentido entre o antecedente e o conseqüente em uma proposição com operadores condicionais do tipo se... então. Essa relação não está inerentemente ligada à forma lógico-semântica do operador, P à Q (se P, então Q), nem à sua sintaxe. Sempre nos esforçamos para interpretar a relação entre antecedente e conseqüente, de alguma forma. Quando a interpretação é difícil, acreditamos estar diante de sentenças pragmaticamente mal formadas. Por isso, acreditamos que a interpretação de um condicional dependa de inferências pragmáticas que o falante pode construir com a ajuda do contexto. A interpretação do condicional, em uma interface lingüística x comunicação, depende de elementos que vão além de uma análise formal. A estrutura de uma sentença condicional é determinada por sua sintaxe; a semântica da proposição garante que o uso do condicional dispare uma inferência de relação entre P e Q; e, em contexto, via pragmática, podemos determinar a natureza dessa inferência.Téléchargements
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