Língua e a discursividade na tradução do literário
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v46i87.16528Palavras-chave:
Estudos da Tradução, Análise do Discurso Literário, Animal Farm, A Revolução dos Bichos.Resumo
Data de 1943-1944, o período de produção do discurso literário Animal Farm, de George Orwell, traduzido do inglês para o português, primeiramente, por Heitor Aquino Ferreira, em 1964, com o título A Revolução dos Bichos. A tradução possibilitou a leitores, usuários do português, o acesso a um discurso de posicionamento revolucionário, textualizado por meio do gênero literário fábula e de estratégias linguístico-discursivas advindas da competência discursiva do tradutor. Com isso em vista, este artigo tem por objetivo examinar em Animal Farm e em A Revolução dos Bichos, a forma como o autor e o tradutor se posicionam culturalmente no funcionamento discursivo. Objetivamos verificar, também, o modo como as condições sócio-históricas e linguístico-culturais dialogam no regime da produção e da tradução. Para fundamentar nossa análise, recorremos aos Estudos da Tradução, conforme Venuti, (2002) e Lefevere (1992) em diálogo com a Linguística, particularmente, à Análise do Discurso de linha francesa (AD), na perspectiva enunciativo-discursiva proposta por Maingueneau (2007, 2015, 2018). Assim, colocamos em paralelo a produção original e a tradução, observando a dimensão linguístico-discursiva e o confronto de posicionamentos. Os resultados deste estudo revelam que os discursos literários Animal Farm e A Revolução dos Bichos não se constituem somente um espaço de confrontos estético-políticos, mas também um lugar onde o tradutor se coloca em relação de concorrência cultural com o autor, principalmente, pelo investimento no código linguageiro, entendido como registro desigual de posicionamentos socioculturais, revelados por meio das respectivas condições sócio-históricas de produção e de tradução.Downloads
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