Orientação argumentativa e Cognição: a Dinâmica de Forças no debate acerca dos rolezinhos
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v42i73.7924Palavras-chave:
dinâmica de forças, argumentação, rolezinho, contestação social, discurso midiático, Linguística Cognitiva, movimento social.Resumo
Nosso objetivo, neste artigo, é analisar a argumentação desenvolvida em dois artigos, escritos por juristas e publicados na Folha de S. Paulo, que representam posições polarizadas sobre uma série de encontros adolescentes – os rolezinhos ¬– ocorridos em diversos shopping centers em dezenas de cidades brasileiras em 2014. Para isso, tecemos um diálogo entre a Linguística Cognitiva e os Estudos Argumentativos, que relaciona o princípio cognitivo de Dinâmica de Forças (Talmy, 2000) à estruturação da argumentação. Pudemos depreender três eixos que organizam as posições ideológicas assumidas nos artigos: a concepção dos shoppings como espaços públicos ou privados; a importância do direito à propriedade em comparação ao direito à manifestação; e a visão dos rolezinhos como eventos orientados para o entretenimento ou para a contestação social. Os primeiros componentes de cada eixo são instanciados harmonicamente no primeiro texto (T1) para construir uma conceptualização de perigo, na qual os adolescentes agem como um Antagonista que bloqueia a tendência dos ‘verdadeiros frequentadores’ de comprar e divertir-se no local; assim, a lei é construída como um Agente que bloqueia tal ameaça por privilegiar o direito à propriedade. Os últimos componentes de cada eixo também se correlacionam e estruturam a argumentação do segundo texto (T2), que se baseia na concepção de que a lei deva ser um Agente que garanta a tendência do Agonista ‘adolescente’ de se manifestar, uma vez que tais jovens já são conceptualizados como bloqueados pela desigualdade social, e a sociedade é tomada como tendo o dever de incluir tais pessoas.Downloads
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