“O diário de Anne Frank”: relatos de uma jovem sobre o genocídio dos judeus na segunda guerra mundial.

Priscila Strenzel

Resumo


RESUMO: Alguns relatos particulares como os diários, por exemplo, são capazes de demonstrar certos aspectos que a História não menciona, como no caso de “O diário de Anne Frank”, no qual a jovem conta ao diário as inúmeras transformações que sucederam em sua vida após o início da Segunda Guerra Mundial, escondendo-se juntamente com sua família em um anexo secreto.O diário é enquadrado como um gênero confessional ou autobiográfico por ser uma “Literatura centrada no sujeito, pois o sujeito é o objeto de seu próprio discurso” (REMÉDIOS, 1997 p. 9), , “a literatura confessional é aquela que mais se aproxima do leitor, porque fala de um eu, de uma pessoa viva que ali se encontra e que diante do leitor desnuda sua vida” (REMÉDIOS, 1997 p.9) como no caso do de Anne Frank que foi publicado e editado postumamente como livro e atingiu enorme circulação dentre vários países. O diário deu voz não a uma personagem, mas a menina de apenas 13 anos que registrou, através do filtro de sua subjetividade, sua verdadeira identidade e seus pensamentos juntamente com os acontecimentos que assombraram o povo judeu após a chegada de Adolph Hittler ao poder.Após a descoberta de sua morte no campo de concentração Bergen-Belsen, seu pai, Otto Frank, decidiu atender ao desejo da filha e reuniu as folhas de seu diário publicando-o, pela primeira vez, em 1947. Devido às supostas modificações feitas por Anne, e depois Otto, o diário não pode ser tomado como um documento histórico, mas tem grande valor para os estudos sobre o genocídio dos judeus, demonstra, de maneira bastante singular, o cotidiano daqueles que precisaram esconder-se para sobreviver. Servindo também como um instrumento instigante para o ensino escolar desse período histórico, unindo Literatura e História para firmar conhecimentos.

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