INFLUÊNCIA DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA GERMINAÇÃO E NO CRESCIMENTO DE MUDAS DE SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS (AROEIRA-VERMELHA)

NORTON DAMETTO, ELISETE MARIA DE FREITAS, GABRIEL NICOLINI, ELISETE MARIA DE FREITAS

Resumo


Atualmente existe uma preocupação muito grande em recuperar formações vegetais, como é o caso das matas ciliares. No entanto, há carência na disponibilidade de mudas e são escassas as informações precisas sobre procedimentos para produção de mudas de espécies arbóreas nativas no Brasil. Schinus terebinthifolius (aroeira-vermelha), família Anacardiaceae, é amplamente disseminada pelo país. Além da capacidade de contribuir para a recuperação de áreas degradadas, atualmente a espécie vem se destacando pelo potencial condimentar dos frutos e pelas aplicações do extrato das folhas na fitoterapia. Apesar disso, a espécie é pouco cultivada no país. Informações precisas sobre procedimentos para produção de mudas de espécies arbóreas nativas no Brasil são muito escassas, existindo apenas para aquelas que detêm maior interesse econômico. Os viveiros tradicionais estão mais voltados à produção de um número reduzido de espécies, não possuindo conhecimento necessário para produção de mudas nativas. O trabalho objetiva verificar a viabilidade de germinação de sementes de um genótipo de S. terebinthifolius submetidas a diferentes subtratos e a influência destes no desenvolvimento inicial das plântulas. As sementes foram coletadas de uma árvore perto do campus da UNIVATES, Lajeado, Rio Grande do Sul. Para o plantio foram utilizados cinco substratos: casca de pinus bioestabilizada (S1); casca-de-arroz carbonizada (S2); areia (S3); mistura de casca de pinus bioestabilizada com areia na proporção 1:1 (S4) e mistura de casca de pinus bioestabilizada com casca-de-arroz carbonizada na proporção 1:1(S5). Para cada substrato, foram utilizadas sementes com imersão (1) por três horas em água na temperatura ambiente e sem imersão (2), totalizando 10 tratamentos com 200 sementes cada. O experimento foi montado em bandejas, contendo cinco litros de substrato, mantidas em casa de vegetação parcialmente climatizada. O acompanhamento da germinação, realizado a cada três dias, iniciou a partir da germinação da primeira plântula. Encerrada a germinação, serão definidos os valores de percentual de germinação (PG) e o índice de velocidade de germinação (IVG) para cada tratamento. O crescimento das plântulas será avaliado a partir da obtenção dos dados de comprimento de raiz e parte aérea, número de folhas e massa fresca. Resultados preliminares indicam maior percentual de germinação entre o 13° e o 19° dia após a semeadura; pouca diferença no PG e no IVG entre os tratamentos, embora esses valores sejam superiores nos tratamentos cujo substrato é composto por casca de pinus bioestabilizada e sem imersão em água. Os índices de germinação estão sendo abaixo do esperado, podendo ter como causas as características do genótipo fornecedor das sementes ou influência de alguma variável do ambiente de cultivo.


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