ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE FOLHAS E GALHOS DE HESPEROZYGIS RINGENS BENTH
Resumo
As plantas são importantes fontes de descoberta de novos compostos. A descoberta dos componentes secundários proporcionou ao homem o uso dos vegetais como fonte de princípios ativos para inúmeras de suas necessidades, tais como a utilização na agricultura e na cura de agentes patogênicos. O gênero Hesperozygis, pertencente à família Lamiaceae, ocorre de forma disjunta na América do Sul, com seis espécies restritas ao sudeste e sul do Brasil e uma para o México. Dentre as diversas espécies desse gênero ocorrentes na América do Sul, determinou-se a Hesperozygis ringens BENTH como a espécie para o presente estudo. A H. ringens, espécie endêmica no Rio Grande do Sul, está presente nas regiões Serra do Sudeste e Missões, onde é conhecida vulgarmente como "espanta pulga". Trata-se de uma espécie caracterizada por apresentar uma morfologia arbustiva e lenhosa, contendo de 20 a 50 cm de altura e hastes com inumeras ramificações. Seu crescimento se dá em baixas altitudes, geralmente menores de 400m, em solos arenosos e pedregosos. A espécie encontra-se em situação de risco e apresenta-se na lista de espécies brasileiras ameaçadas de extinção devido aos habitats serem acometidos por fragmentações de pecuária intensiva, no qual reduzem seu fluxo de genes, favorecendo o aumento da endogamia, e afetando, conseqüentemente, a capacidade competitiva e de adaptação da espécie. Para o presente estudo utilizou-se extratos etanólicos das folhas e galhos de H. ringens, no qual empregou-se técnicas de desidratação dos materiais vegetais, que foram colocados em estufa, na temperatura de 40°C. Posteriormente, as folhas e os galhos de H. ringes foram trituradas separadamente e mergulhadas em etanol por um período de sete dias. Decorrido esse período, ambos os extratos foram rotaevaporados, obetendo-se, assim, o extrato bruto da planta. A porcentagem da atividade antioxidante dos extratos das folhas e galhos de H. ringes foi determinada através da quantidade de DPPH consumida pela amostra. Foram utilizadas as concentrações de 50; 25; 12,5; 6,25; 3,125 µg/mL, utilizando o ácido ascórbico como padrão. O IC50 foi determinado para a amostra de folhas, no qual obteve resultado na concentração de 47,7 µg/mL, diferentemente do extrato etanólico de galhos, onde não se conseguiu encontrar, nas concentrações testadas, o valor de IC50. Em posterior estudo serão testadas concentrações mais altas, a fim de determinar o valor de IC50. Com base nos resultados encontrados, pode-se concluir que ambos possuem atividade antioxidante, porém, as folhas apresentaram superior atividade em relação aos galhos.
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