O atual trabalho busca evidenciar de forma preliminar as análises parciais da pesquisa em questão bem como apresentar as atividades desenvolvidas pela presente bolsista na elaboração desta. A pesquisa tem por objetivo analisar as atribuições e competências dos assistentes sociais com vistas a reconhecer possibilidades e dificuldades encontradas para sua efetivação sob o norte do Projeto Ético-Político profissional (PEP). A pesquisa emerge dos resultados da tese da pesquisadora que demonstram uma fragilização na garantia e materialização do projeto profissional, evidenciando uma ênfase tecnicista na profissão, onde as atribuições privativas e competências se distanciam da orientação ética e política proposta pelo projeto da categoria profissional. Sendo assim, a investigação sobre a necessária indissociabilidade dos eixos teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativos e torna de extrema importância. A indagação: Como se efetivam as competências e atribuições necessárias na intervenção dos assistentes sociais sob norte do Projeto Ético Político Profissional? foi utilizada como problema norteador da pesquisa e, como metodologia, o método dialético-crítico foi empregado. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, caracterizada como estudo de caso exploratório e descritivo. A amostra foi intencional, tendo como referência o primeiro grupo de assistentes sociais que fizeram o curso de supervisores de estágio obrigatório da UFRGS, constituindo-se através de 40 assistentes sociais, e tendo como instrumento de pesquisa um questionário com questões abertas e fechadas para serem analisadas através de análise de conteúdo. A aplicação e coleta dos questionários pela bolsista foi de extrema importância para o entendimento da ética na pesquisa e até mesmo para o conhecimento de diversos campos de trabalhos dos assistentes sociais que, muitas vezes, expuseram seu local sócio-ocupacional e rotina de trabalho. A partir do estudo, um artigo final resultante da pesquisa está previsto para o segundo semestre de 2013, sendo que uma análise preliminar já foi aceita no Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais de 2013 e será apresentada no encontro. Como resultados parciais da pesquisa, apresentam-se reflexões substanciais acerca da formação dos assistentes sociais entrevistados e também sobre seu cotidiano de trabalho. Dos sujeitos entrevistados, 42,5% tinham idade entre 41 e 50 anos, sendo que 39 eram mulheres e apenas uma pessoa pertencia ao sexo masculino, evidenciando assim as principais características da amostra pesquisada. Vê-se também, por exemplo, que 29 sujeitos (72,5%) afirmam ter aprendido sobre as atribuições e competências na graduação, mas apontam dificuldades para sua efetivação no exercício profissional. Porém, identifica-se que a maioria (77,5%) deu continuidade ao processo de formação, sendo que 21 possuem especialização (52,5%), 4 possuem especialização e mestrado (10%) e 6 concluíram mestrado (15%). Os demais (22,5%) possuem apenas a graduação. Mesmo assim, referente às atribuições privativas, 40% dos entrevistados afirmam ter dificuldades em efetivá-las no seu cotidiano profissional, bem como no tocante às competências, onde 37,5% admitem ter dificuldades em sua efetivação. Diante de tais fatores, reitera-se, então, a importância da presente discussão e da produção de conhecimento acerca do cotidiano profissional dos assistentes sociais.