ELABORAÇÃO DE PATÊ DE PRESUNTO COM SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DE GORDURA POR PECTINA

MONICA BEATRIZ PREUSS, ANA LUCIA BECKER ROHLFES, MARI SILVIA DE OLIVEIRA, MIREILA BEHLING, LILIANE MARQUARDT, NADIA DE MONTE BACCAR

Resumo


Por definição, o patê é um produto cárneo industrializado obtido a partir de carnes e/ou produtos cárneos e/ou miúdos comestíveis, das diferentes espécies de animais comercializados e transformados em pasta, adicionado de ingredientes e especiarias e submetido a um processo térmico adequado. Existem duas denominações para patês: cremoso e pastoso, sendo o patê cremoso o produzido com parte da matéria-prima crua e outra cozida, e o patê pastoso aquele processado com a matéria-prima cozida. É um produto curado, de massa fina, e considerado um embutido cozido com elevado percentual de gordura em sua composição. A gordura empregada pode ser mole ou dura, e deve ser fresca, já que determina o aroma do produto final. Os patês oferecem grande oportunidade para a redução calórica por meio da elaboração de novas formulações utilizando substitutos de gordura. O presente estudo tem como objetivo obter um produto inovador, saudável e com maior apelo nutricional através da substituição parcial da gordura utilizada em formulações de patê por percentuais de fibras vegetais solúveis, neste caso, pectina. Esta substituição deve ser proporcional à viabilidade tecnológica de desenvolvimento de patês sem descaracterizar os padrões de identidade e qualidade de produtos alimentícios preconizados pela ANVISA. Os patês, em sua composição, devem conter obrigatoriamente, no mínimo, 30% da matéria-prima cárnea que o designe, exceto o de fígado, cujo limite mínimo pode ser de 20%. Devem apresentar no máximo 10% de amido, 10% de carboidratos totais, 70% de umidade, 32% de gordura, e, no mínimo, 8% de proteína bruta. Permite-se a adição máxima de 3% de proteínas não cárneas na forma de proteína agregada, devendo apresentar textura, cor, sabor e odor característicos. Assim, estão sendo desenvolvidas formulações para o patê controle, estudando a influência de fatores, como a temperatura, a ordem de adição dos ingredientes, adição de proteína não cárnea, quantidade de água e/ou gelo, quantidade de gordura e o tipo de gordura, sobre a estabilidade de emulsões, além da utilização de carne crua e/ou cozida. Até o atual estágio da pesquisa, observou-se que, independente da ordem de adição dos ingredientes, da adição de proteína isolada de soja, do uso de somente água gelada ou a adição da mistura água e gelo na proporção 1:1, após o cozimento, a emulsão não estabiliza, formando bolsões de gordura, comprometendo o aspecto visual e a textura do produto. Com esta liberação de gordura, o patê apresenta aspecto fibroso e firme, não permitindo espalhabilidade.


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