ENSAIO COMPARATIVO ENTRE LÂMPADAS: A REVOLUÇÃO DA LÂMPADA LED

MATHEUS DA SILVA LEMOS, ROLF FREDI MOLZ, WAGNER MACHADO DA ROCHA GASS, FABRÍCIO ANTÔNIO E ERT, ADRIANO JOSÉ BOMBARDIERI

Resumo


A maioria dos dispositivos semicondutores, assim como o LED (Light Emissor Diode, ou Diodo Emissor de Luz), é composto por dois materiais distintos formando uma junção P-N, que quando polarizado diretamente conduz corrente elétrica e quando polarizado reversamente não conduz. Nesta junção, o lado P contém essencialmente lacunas enquanto o lado N contém essencialmente cargas negativas. Quando polarizado diretamente, os elétrons se aproximam do núcleo liberando energia, assim emitindo luz. Esta nova opção em iluminação artificial é considerada forte tendência por suas inúmeras vantagens em relação a outros tipos de lâmpadas. Por não possuírem filamento, as lâmpadas de LED possuem vantagens, não apresentam significantes desperdícios de energia em forma de calor, como ocorre em lâmpadas incandescentes, onde em torno de 5% da energia consumida é transformada em luz. Quando observamos a razão da luminosidade gerada pela potência consumida (eficiência luminosa, medida em lumens por watt), o LED atinge níveis de iluminação realmente eficientes, se comparados a diversos outros tipos de lâmpadas. Outra vantagem da não utilização de um filamento, é que a tecnologia possui uma longa vida útil, podendo passar de 50 mil horas. Contudo, as lâmpadas LED ainda têm muito a evoluir, visto que, por enquanto, as disponíveis no mercado e com custo acessível, possuem baixas taxas de luminosidade. Lâmpadas mais sofisticadas e com taxas de luminosidade realmente satisfatórias, possuem os chamados LED's de potência, a fim de gerar uma maior luminosidade. Conforme estipulado pela norma IEC 60968/60969, os testes realizados para obtenção da vida útil de lâmpadas fluorescentes compactas devem manter as lâmpadas acesas por 2 horas e 45 minutos e apagadas por 15 minutos, totalizando um ciclo de 3 horas, que somam 8 acionamentos por dia. Sabe-se que em padrões cotidianos, há uma grande variação neste número de acionamentos, o que faz com que muitas vezes em nossas residências as lâmpadas fluorescentes não atinjam a vida útil informada, característica de um maior desgaste da lâmpada fluorescente durante a partida de seu acionamento. Como possível solução para o problema, surge o LED, prometendo um baixo consumo de energia, como as fluorescentes compactas, entretanto, diminuindo o impacto causado pelas fluorescentes no meio-ambiente, devido aos metais nocivos à nossa saúde e à natureza, além de uma longa vida útil que não é afetada pelo número de acionamentos da lâmpada. Para desenvolver a pesquisa foi construída uma bancada na qual foram realizados os ensaios com 15 lâmpadas no total, entre elas dois grupos com 2 lâmpadas LED, 2 lâmpadas fluorescentes e 2 lâmpadas incandescentes, além de um grupo com 1 lâmpada de cada tipo, totalizando 3 grupos de lâmpadas, em ciclos de acionamento com faixas de tempo distintas entre cada grupo. Até o momento já se passaram mais de 1100 horas de ensaio, resultando em 6 lâmpadas que deixaram de operar, sendo 3 lâmpadas fluorescentes e 3 lâmpadas incandescentes. No entanto, como esperado, nenhuma lâmpada LED deixou de funcionar até o momento. Sendo assim, concluímos que a utilização de lâmpadas LED se aplica em termos de luminosidade, vida útil e ainda à condições de uso com inúmeros acionamentos diários, restringindo seu acesso ao público consumidor apenas por questões de custo, limitado pela recente aplicação tecnológica.


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