VEGETAÇÃO RIPÁRIA COMO RESERVATÓRIO DE INIMIGOS NATURAIS, NO VALE DO TAQUARI, RIO GRANDE DO SUL.

THAYNÁ FERNANDA DE SOUZA ADAELLI, ELISETE MARIA DE FREITAS, JULIA JANTSCH FERLA, MARELISE TEIXEIRA, NOELI JUAREZ FERLA

Resumo


Vegetação Ripária é a mata que acompanha os cursos da água, evitando o processo de erosão em suas bordas. Sendo fundamental para o equilíbrio do ecossistema, a manutenção dessas matas é importante para preservação da biodiversidade presente neste tipo de vegetação, além de ajudar a exercer um papel importante na qualidade da água, pois atua como filtro, impedindo a contaminação dos rios por defensivos agrícolas e outros poluentes. As áreas preservadas não apresentam alterações e são ecologicamente importantes, pois possuem uma maior diversidade de espécies, mantendo a variação genética e conservando a beleza original. Nestes locais verifica-se a presença de vegetação de portes variados, o que indica uma maior variabilidade de espécies associadas. Áreas degradadas são ecossistemas alterados, relacionados a desmatamentos com maior exposição do solo, devido a explorações agrícolas e construções urbanas. O presente trabalho teve por objetivo reconhecer os ácaros predadores presentes em áreas degradadas (D) e preservadas (P) em vegetação ripária do Rio Taquari no Vale do Taquari. Seis áreas foram avaliadas, sendo três Degradadas (D) e três Preservadas (P), onde foram amostradas 15 espécies de plantas em cada área. Os ácaros foram triados com auxílio de microscópio estereoscópio no período de uma hora de esforço amostral, após foram montados em meio de Hoyer. Uma amostra de cada planta foi posta em forma de exsicata. Foram coletados um total de 358 espécimes de ácaros predadores. A família que apresentou maior riqueza foi Phytoseiidae com 22 espécies, sendo 17 em P e 11, em D, seguidas de Ascidae com uma espécie em P e três, em D. Stigmaeidae com três espécies em P e duas em D. Dentre os fitoseídeos as espécies mais abundantes foram Euseius ho (12%), destes, 46% em P e 54% em D, seguido de Euseius concordis (11%), destes 27% em P e 73% em D, Typhlodromalus aripo (10%), estando presente somente em D e Typhlodromips lugubri group (6%), estando presente somente em P. Em Stigmaeidae, Agistemus floridanus apresentou maiores populações (50%), destes 92% em P. De maneira geral, 65% dos ácaros coletados foram encontrados nas áreas preservadas e 35% nas áreas degradadas. Pode-se concluir que as áreas preservadas abrigam maior riqueza e abundância de ácaros predadores, destacando-se os da família Phytoseiidae, importantes agentes de controle biológico aplicado. Áreas preservadas constituem-se em importantes reservatórios de ácaros predadores.


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Palavras-chave: Phytoseiidae, Stigmaeidae, Euseius ho, Euseius concordis.


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