HÁ PERDA DE FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM PORTADORES DE DPOC INGRESSANTES EM UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR?

TAÍNE CUNHA IMMER, ANDRÉA LÚCIA GONÇALVES DA SILVA, CAMILA DA CUNHA NIEDERMEYER, NATACHA ANGÉLICA DA FONSECA MIRANDA, DANNUEY MACHADO CARDOSO, DULCIANE NUNES PAIVA

Resumo


A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) se caracteriza pela presença de obstrução ou limitação crônica do fluxo aéreo, apresentando progressão lenta e irreversível, podendo conduzir à hiperinsuflação pulmonar. Além disso, o indivíduo passa a respirar com altos volumes pulmonares, levando a uma possível limitação ventilatória durante o exercício. Pode ocorrer dispneia, disfunção muscular periférica e perda da força muscular, o que pode gerar redução da força muscular respiratória (FMR). Os portadores de DPOC apresentam redução na capacidade física, o que pode conduzir a limitações em atividades cotidianas, gerando piora na qualidade de vida. Objetivou-se avaliar se há perda de Força de Preensão Palmar (FPP) em portadores de DPOC ingressantes em um Programa de Reabilitação Pulmonar (PRP). Foi realizado estudo quase experimental, que avaliou portadores de DPOC grau 2 e 3 segundo classificação GOLD (moderado e severo, respectivamente) de ambos os sexos e com idade superior a 40 anos. Todos pacientes são ingressantes no PRP no Hospital Santa Cruz (HSC), em Santa Cruz do Sul-RS. A FPP foi aferida por dinamometria (Dinamômetro Jamar®) no membro superior dominante (MD) e não dominante (MND) e, para tal medida, os indivíduos permaneceram sentados com cotovelo fletido a 90º, antebraço em posição neutra e extensão de punho em aproximadamente 30º, sendo orientados a pressionar o dinamômetro com sua máxima força. Foram realizadas 03 medidas, sendo calculada a média entre elas. Foi utilizado programa SPSS (versão 20.0) para análise dos dados, sendo os mesmos expressos em média ± DP. Foram avaliados 12 pacientes (08 homens e 04 mulheres), com média de idade de 68,6 ± 4,3 anos e IMC de 29,8 ± 6,5 Kg/m². A média da FPP no MD foi de 27,1 ± 10,6 Kgf e no MND foi de 25,2 ± 8,5 Kgf. Em relação ao estadiamento da DPOC, a amostra foi alocada no Grupo Moderado (GM) e no Grupo Severo (GS). No GM, a média da FPP em MD foi de 28,26 ± 9,48 Kgf e no MND foi de 25,99 ± 8,33 Kgf. Já no GS, a média no MD foi de 26,0 ± 12,3 Kgf e no MND de 24,4 ± 9,4 Kgf. O GM alcançou 100,6% do predito em MD e 99,4% do predito em MND. O GS alcançou 93,4% do predito em MD e 96,6% do predito em MND. O estudo mostra que os pacientes com classificação severa da DPOC ingressantes neste programa de RP apresentam pior força de preensão palmar, sendo este um indicador de sua capacidade funcional.240


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