PADRONIZAÇÃO DE TÉCNICA DE EXTRAÇÃO DE DNA EM TECIDO TUMORAL FRESCO

LUCAS ALVES BELING , ELIARA FERNANDA FOLETTO , MARTINA FERNANDA GEWEHR , LUCIANA DE SOUZA NUNES , LIA GONÇALVES POSSUELO

Resumo


O câncer coloretal (CCR) é uma doença degenerativa que, de acordo com o INCA, afeta 32.600 pessoas no Brasil, sendo que dessas, 15.070 são do sexo masculino e 17.530, feminino. Com esses dados, podemos analisar que o CCR afeta consideravelmente a população, causando assim, um impacto econômico e social que necessita de um tratamento intensivo e caro. A extração de DNA é uma importante e crucial atividade desenvolvida no laboratório, pois é a partir dela que teremos o material a ser analisado para elaborarmos as atividades seguintes, como por exemplo, a reação em cadeia da polimerase (PCR) e o sequenciamento de DNA. A extração de DNA de tecido tumoral necessita de protocolos que variam de acordo com cada material a ser extraído, e também com as dificuldades encontradas pelos pesquisadores que elaboram essa técnica. O objetivo deste estudo foi testar diferentes protocolos de extração de DNA de tecido tumoral fresco de pacientes com CCR. As amostras de tecido tumoral analisadas foram coletadas de pacientes que realizaram cirurgia para retirada de tumor intestinal, no hospital Ana Nery. A coleta foi realizada no período de março a julho de 2015. Após a coleta, as amostras eram transportadas para o Centro de Pesquisa e Treinamento em Biotecnologia. Todas as amostras foram pesadas e maceradas antes de iniciar os testes dos protocolos de extração. Foram testados 3 protocolos de extração, dois kits comerciais (protocolos A e B) e um protocolo adaptado in house (protocolo C). Após a realização das etapas de cada protocolo de extração, as amostras foram quantificadas em Nanodrop e realizada eletroforese em gel de agarose 1,5% para avaliar a qualidade do DNA extraído. Um total de 5 amostras de tecido tumoral fresco foram testados com cada um dos protocolos. A extração de DNA, utilizando o protocolo A (kit comercial), não apresentou resultados satisfatórios. Não foi possível visualizar DNA na eletroforese e a quantificação foi zero. Utilizando-se o protocolo B, foi possível obter DNA de tecido tumoral, entretanto, observou-se uma grande quantidade de DNA degradado na visualização através da eletroforese, o que poderia prejudicar a amplificação através da PCR. Neste sentido, o protocolo B foi adaptado in house e, através deste protocolo testado, foi possível obter uma quantidade de DNA suficiente para as análises posteriores, assim como uma amostra livre de degradação. Após o término e a padronização do protocolo de extração de DNA para tecido tumoral fresco, pode-se concluir que esse processo requer mais estudos por parte dos pesquisadores para encontrarmos a fórmula correta, tendo inclusive todas as etapas realizadas, dando assim sequência a outras técnicas, até chegar a análise terapêutica do paciente oncológico.


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