SAÚDE DO TRABALHADOR: CARACTERIZAÇÃO DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E DE LAZER DE TRABALHADORES INDUSTRIÁRIOS
Resumo
O estilo de vida que se adota é influenciado por diferentes dimensões, entre elas as relações no trabalho, família e sociedade. A atividade física se mostra de suma importância para a saÚde, pois um estilo de vida sedentário acarreta disfunções metabólicas, prejudicando o desempenho profissional. Objetivou-se descrever o perfil de prática de atividades físicas regulares e de lazer de trabalhadores industriários. Trata-se de um estudo transversal descritivo, em que foram sujeitos vinte trabalhadores industriários vinculados a pesquisa: "Novas abordagens para diagnóstico de doenças em trabalhadores e escolares" (CEP: 703.934/14). Os dados foram coletados através de um questionário autorreferido sobre Estilo de Vida, anteriormente validado. Constaram do questionário as dimensões: identificação e indicadores econômicos, organização do cotidiano, atividades físicas e desportivas, indicadores de saÚde, padrão antropométrico e de consumo alimentar. Os dados selecionados para este estudo integram as dimensões de identificação e indicadores econômicos e atividades físicas e desportivas. As variáveis avaliadas foram: dados demográficos pessoais e familiares, prática de atividade física regular, frequência e duração, motivo da falta de prática de atividade física e comportamento quanto a atividades físicas no dia-a-dia. Os dados foram analisados por estatística descritiva, com frequência e percentual realizada através do software Statistical Package for Social Sciences for Windows (SPSS - versão 20.0). Foram sujeitos vinte trabalhadores com média de idade de 37,35 anos (5,32), destes quatorze (70%) são casados ou estavam em uma união estável, constituindo-se a maioria do sexo feminino (65%). O grau de escolaridade de 50% dos indivíduos participantes da pesquisa, foi o primeiro grau incompleto (30%) e completo (20%), dez dos participantes (50%) pertenciam a classe econômica C1. Entre os participantes, oito (40%) praticam atividade física regular, em uma frequência de uma vez por semana (15%), enquanto doze (60%) relataram não praticar, sendo a falta de tempo (35%) a principal justificativa. Dos praticantes de atividade física dezoito (90%) afirmaram não realizar atividades de força ou resistência regularmente e dezessete (85%) não realizam alongamentos muscular. Acrescente-se que 70% relataram não incluir no lazer atividades físicas leves. Apontam os resultados para os baixos índices de prática atividade física regular e de lazer nestes trabalhadores. Este quadro ressalta a necessidade de intervenções que venham o modificar estes índices, como contributivo para a saÚde desta população.
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