AÇÕES VOLTADAS AO ENVELHECIMENTO: PANORAMA DAS IES DO RS

JULIANA ROHDE, IVA VIEBRANTZ, SILVIA VIRGINIA COUTINHO AREOSA

Resumo


Com o objetivo de que os idosos não ficassem em situação de isolamento, propiciar-lhes saÚde, energia e interesse pela vida, além de modificar sua imagem perante a sociedade, surgiram as Universidades do Tempo Livre, na França. A partir daí, várias Instituições de Ensino Superior (IES) foram criando as suas ações para a Terceira Idade.Este trabalho busca apresentar um recorte dos resultados obtidos na pesquisa "Pensando no envelhecimento: Estudo dos cenários das IES do RS" que se propôs a caracterizar os programas existentes, bem como os profissionais envolvidos nas ações voltadas à Terceira Idade das IES participantes do Fórum GaÚcho das IES com Ações Voltadas ao Envelhecimento. Neste estudo serão abordadas as ações voltadas para idosos que foram identificadas pelos gestores e coordenadores das 14 universidades pesquisadas. Trata-se de um estudo quantitativo que teve seus dados coletados mediante aplicação de questionários, respondidos por gestores e coordenadores de ações voltadas à Terceira Idade das IES participantes da pesquisa, a saber: PUC/RS, UCS, UNISINOS, UNIVATES, UFSM, UFPEL, UNICRUZ, FURG, UCPEL, UNILASALLE, UNIPAMPA, UNIJUÍ, UNISC e UFRGS. Referindo-se aos dados obtidos junto aos gestores das universidades (20 sujeitos), os mesmos, quando questionados sobre a existência de projetos de extensão voltados para a Terceira Idade em sua universidade, responderam unanimemente sim. Em relação à existência de projetos de pesquisa, 17 gestores responderam que sim e 3 responderam não existir esta ação na sua universidade. 12 gestores afirmaram que há grupos de pesquisa sobre envelhecimento na universidade em que trabalham e 8 não identificaram tal iniciativa. Sobre as disciplinas na graduação que trabalham a temática, 8 responderam "sim" e 12 responderam "não". Em relação à presença de programa institucional direcionado para a terceira idade, 10 afirmaram existir esta ação em sua universidade e 10 negaram. Por fim, sobre cursos de extensão a respeito do envelhecimento, 15 disseram "sim" e 5 disseram "não". Referindo-se aos coordenadores das ações, responderam ao questionário 108 sujeitos. Destes, 99 relataram existir projeto de extensão e 9 disseram que não há. Em relação a projetos de pesquisa, 86 afirmaram existir e outros 22 negaram. 62 identificaram grupos de pesquisa sobre o envelhecimento na sua IES e 46 responderam não conhecer. As disciplinas na graduação foram identificadas por 73 coordenadores, enquanto 35 disseram não haver. Sobre programa institucional, 32 afirmaram que há e 76 não identificaram. Cursos de extensão sobre terceira idade foram identificados por 59 e outros 49 disseram não existir. É importante ressaltar que os gestores e coordenadores que não identificaram e disseram não existir alguma das ações na sua instituição, tiveram sua resposta contradita por outro gestor/coordenador da sua IES. Percebe-se um interesse e um movimento das universidades pesquisadas para o estudo do envelhecimento e para a integração das pessoas idosas na comunidade, por meio do ambiente universitário. Apesar das contradições observadas nas respostas - que muitas vezes pode apontar para uma desintegração das ações nas universidades - é bastante positivo e satisfatório ver o quanto as IES gaÚchas estão investindo na área do Envelhecimento Humano.


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