INCORPORAÇÃO DE RESÍDUO EM ESPUMA DE POLIURETANO PARA ISOLAMENTO EM RESERVATÓRIOS DE ÁGUA

Eduarda Luiza Finatto, Doris Sippel Dörr, Sabrina Arcaro, Cláudia Mendes Mahlmann, Adriane Lawisch Rodriguez

Resumo


As fontes de obtenção de energia elétrica vem sendo tema de muitos debates devido aos impactos causados ao meio ambiente. Outras alternativas de obtenção de energia existem e são pouco exploradas pela sociedade. A energia solar se sobressai por apresentar baixo índice de poluição gerando, consequentemente, menor impacto ao meio ambiente. O Brasil por ser um país de clima tropical se encaixa em características para investimento nessa forma de obtenção de energia. As residências são responsáveis pela maior parcela de consumo de energia elétrica no país, totalizando aproximadamente 23% do consumo total. Somente com o uso de chuveiros elétricos, no Brasil, é gasto em média 18 milhões de kwh/dia, o que ocasiona uma grande demanda de energia elétrica, aumento significativo de gastos e ainda, gerando inúmeros problemas ambientais. A partir desta problemática, a utilização de sistemas de aquecimento solar de água tem grande importância na economia de energia elétrica e na diminuição de constantes problemas ambientais que vem aumentando no decorrer dos anos, produzidos pela utilização de fontes não renováveis de energia. A prestabilidade da energia solar torna-se uma excelente opção de fonte energética renovável.  Diante da importância de reduzir o consumo energético nos dias atuais, a modificação de sistemas de aquecimento solar da água vem ocorrendo através da constante evolução do sistema, a partir do emprego de novos materiais, com o intuito de diminuir impactos gerados pelos processos que envolvem etapas de produção dos materiais que o compõe.  Este trabalho tem como objetivo confeccionar um isolante térmico alternativo para o reservatório de um sistema de aquecimento solar de água menos poluente do que os industrialmente comercializados. Para este fim, foram agregados resíduos provindos da indústria arrozeira (casca de arroz) à espuma de poliuretano. Cabe ressaltar o uso de resíduo da indústria arrozeira, agregando valor ao material e evitando que fosse descartado de maneira incorreta no meio ambiente. Para realizar a confecção deste material foram utilizados também poliol e tolueno diisocianato (TDI) procedentes da empresa Purcon. O poliol possui uma base sustentável (Ecomate®), sendo diferente dos convencionais de origem petroquímica, reduzindo assim os impactos ao meio ambiente. Foram confeccionadas duas amostras (amostra 1 e 2) através da mistura rápida de poliol, TDI e cinza da casca de arroz, sendo que na amostra 2 adicionou-se ainda água deionizada. Estas amostras foram submetidas a testes de densidade e condutividade térmica. A amostra 1 apresentou condutividade igual a 0,044 W.m-1K-1 e densidade 47,32 kg.m-³, já na amostra 2 a condutividade foi igual a 0,054 W.m-1K-1 e a densidade 43,10 kg.m-³, obtendo-se valores próximos aos encontrados na literatura, sendo esses valores, de condutividade 0,033 a 0,035 W.m-1K-1 e densidade igual a 36,90 kg.m-³. Testes de biodegradação destas espumas estão sendo realizados e também outras formulações estão sendo elaboradas. Os resultados encontrados indicam potencial de utilização das espumas com incorporação de casca de arroz para a confecção de isolante térmico que mantenha as propriedades desejadas para este tipo de material.

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