FREQUÊNCIA DE CONSUMO SEMANAL DE ARROZ COM FEIJÃO, FRUTAS E SALADAS FRESCAS E REFRIGERANTE POR TRABALHADORES DA AGROINDÚSTRIA

Eduarda Schnorr, Isabel Pommerehn Vitiello

Resumo


A Organização Mundial da Saúde (ONU) alerta ao aumento expressivo da obesidade e sobrepeso no país, situação que gera impactos importantes na saúde, já que mais da metade da população está acima do peso, suscetíveis a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), principal causa de morte em adultos. O Guia Alimentar Para a População Brasileira sugere fazer dos alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação, limitar o consumo dos processados e evitar alimentos ultra processados. O bom desempenho e produtividade no trabalho estão diretamente associados ao estado de saúde do trabalhador, daí a importância de priorizar bons hábitos e uma alimentação equilibrada, para prevenir uma série de doenças que, cada vez mais atingem o povo brasileiro. De acordo com o Ministério da Saúde, a população está consumindo menos feijão e leguminosas em geral e o consumo de verduras, legumes e frutas é muito baixo, se comparado às recomendações. Em contrapartida, o consumo de alimentos gordurosos, açucarados e refrigerantes aumentou. O objetivo foi analisar o consumo de arroz e feijão, saladas e frutas frescas e refrigerante por 106 trabalhadores da Agroindústria do Vale do Rio Pardo, participantes do projeto “Novas Abordagens para Diagnóstico da Dor Lombar, Obesidade e Fatores de Risco Cardiometabólico em Trabalhadores – Fase II”, realizado na UNISC. Para obtenção dos dados, foi aplicado um Questionário de Frequência Alimentar (QFA), identificando idade, sexo e consumo alimentar, com os seus dados analisados pelo programa Excel. As idades variaram de 18 a 78 anos, quando 20,7% (n=22) tinham idade entre 18 e 40 anos; 53,8% (n=57) com 41 a 59 anos; e 25,5% (n=27) com 60 anos ou mais. Desses, 51% eram mulheres (n=54) e 49% homens (n=51). A maioria dos participantes (87,7%) relataram consumir diariamente as 3 principais refeições, 85,9% realizavam o desjejum, 98,1% almoço e 79,2% o jantar seis vezes ou mais na semana; 8,6% tomavam café da manhã de três a cinco vezes e 5,6% menos de três vezes na semana. Apenas 1,9% almoçavam de três a cinco vezes por semana e ninguém relatou realizar essa refeição menos de três vezes. Em relação à alimentação noturna, 10,4% afirmaram jantar de três a cinco vezes por semana e 10,4%, também, realizaram a refeição menos de três vezes. O hábito de comer arroz e feijão é seguido pela maioria (86,8%) de seis vezes ou mais na semana. Em relação ao consumo de frutas, 56,6% ingeriam seis vezes ou mais durante a semana. No grupo das saladas, 56,6% ingeriram seis vezes ou mais na semana e 84% afirmaram ingerir refrigerante menos de três vezes. Os resultados refletem um cuidado na alimentação da maioria dos trabalhadores pesquisados se comparado as demais pesquisas, uma vez que têm o hábito de realizarem as três principais refeições todos os dias, composta por arroz com feijão, frutas e saladas. Percebe-se que há necessidade de informações quanto ao consumo de refrigerante pelo fato de ser hábito da maioria o consumo menor de 3 vezes por semana, ainda sim ato considerado inadequado. Percebe-se a preocupação e cuidado pelos trabalhadores com sua alimentação. Apesar disso, é imprescindível fornecer continuamente conhecimento e educação nutricional junto a este grupo de trabalhadores para que possam selecionar melhor os alimentos que colocam em seus pratos, melhorando assim, ainda mais seus hábitos e expectativa de vida.

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