As doenças infectocontagiosas são causadas por microrganismos, e ocorrem quando um organismo hospedeiro fica exposto ao agente infeccioso, através do contato direto ou indireto. Dentre as principais patologias com alta incidência no país estão a tuberculose, a Aids/HIV, a sífilis e as hepatites virais, que se evidenciam mais complexas a cada ano. Atualmente no Brasil, estas doenças são responsáveis por mais de 340.000 internações/ano e estão entre as principais causas de morbimortalidade. Em função da complexidade das doenças infectocontagiosas, as mesmas são vistas como uma grande ameaça à saúde pública, e por isso, estratégias de prevenção, combate e monitoramento devem ser elaboradas e executadas. Uma ferramenta disponível e que auxilia neste processo é a tecnologia, entre elas, as tecnologias móveis/aplicativos. Os aplicativos (APPs) estão entre as tecnologias mais utilizadas pois possuem características atrativas como a praticidade relacionada ao uso e a otimização do processo de aquisição de informações. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi identificar a existência de APPs móveis, que abordem as principais doenças infectocontagiosas e que tenham sido constituídos com respaldo metodológico de qualidade. Trata-se de um estudo do tipo revisão sistemática, realizado nas seguintes bases de dados: PubMed, IEEE xplore,  LILACS, Google Scholar, SciELO, Science Direct e ACM Digital Library. Na estratégia de busca foi usado o método PICO (Patient, Intervention, Comparison e Outcomes), através do qual se formulou a pergunta da pesquisa: "Quais os requisitos utilizados na elaboração de aplicativos para informação e/ou prevenção e/ou tratamento de doenças infectocontagiosas?". Os termos de busca foram: ("mobile app" OR app) AND (Tuberculosis); ("mobile app" OR app) AND (Syphilis); ("mobile app" OR app) AND (HIV) e ("mobile app" OR app) AND (Hepatitis). Utilizou-se como critério de inclusão artigos publicados entre 2016 e 2019, nos idiomas português, inglês e espanhol, sendo realizados com seres humanos com idade superior a 18 anos. Os artigos foram organizados através do método PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis) e para a avaliação de sua qualidade utilizou-se a ISO/IEC 25010/2011. Foram obtidos inicialmente 314 artigos, destes, 4 artigos foram eliminados por duplicidade, e dos 310 artigos restantes, 33 foram selecionados para a leitura do resumo. Após a leitura do resumo 13 artigos passaram para a etapa da análise de texto completo. Na  leitura dos artigos, foram identificados que apenas 3 dos 13 artigos realizaram as avaliações de qualidade dos APPs durante a sua elaboração/validação de acordo com a ISO/IEC 25010, dentre os critérios avaliados foram identificados, a segurança dos dados (1), a usabilidade (2), a funcionabilidade (2), a eficiência (1) e a confiabilidade (1); durante a análise foram identificadas questões importantes como informações errôneas sobre as doenças infectocontagiosas, a quebra de sigilo dos dados dos usuários e a necessidade de melhorias da interface  entre o APP e os pacientes/usuários. Deste modo, ao final da pesquisa percebeu-se a necessidade de os APPs serem avaliados em todas os requisitos que compõem um padrão de qualidade, para minimizar ocorrências que possam prejudicar os pacientes/usuários de APPs. A realização desta revisão irá auxiliar na elaboração de um aplicativo com informações sobre doenças infecciosas para o sistema prisional.