AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS DO PROGRAMA PARA OTIMIZAÇÃO DO USO DE ANTIMICROBIANOSCOMO UMA ESTRATÉGIA DO PROGRAMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE

Autores

  • EDUARDO SIGNOR BASSO UNISC
  • EDUARDA STOPIGLIA ROTH UNISC
  • BÁRBARA SPALL UNISC
  • ROCHELE MOSMANN MENEZES UNISC
  • MARCELO CARNEIRO UNISC

Resumo

Os antimicrobianos são os medicamentos mais utilizados no âmbito hospitalar, no entanto, a atual complexidade na gestão de doenças infecciosas e o aumento da resistência antimicrobiana torna essencial estabelecer programas para otimizar o uso de antimicrobianos em hospitais (PROA). O tratamento antimicrobiano precoce e apropriado tem demonstrado uma importante redução da mortalidade nos pacientes com sepse severa ou choque séptico. Estima-se que entre 20% e 50% dos antimicrobianos prescritos nos hospitais dos Estados Unidos são inapropriados ou desnecessários. Estudos de prevalência demonstram uma porcentagem global de indicadores inadequados, em torno de 16,8%, com uma proporção de esquemas inadequados nas profilaxias cirúrgicas de aproximadamente 47,1% e nos tratamentos empíricos de 15,1%. Com o objetivo de avaliar o impacto dos PROA em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) de Adultos, esse estudo multicêntrico foi realizado em cinco UTIs do Rio Grande do Sul. A plataforma utilizada para o recrutamento dos dados foi o Apex Oracle XE 11g (Oracle Inc.). Realizou-se três coletas, sendo uma no período pré-intervenção (01/2018), outra no período de intervenção (07/2018) e a última no período pós-intervenção (07/2019). Foram comparados os 4 elementos essenciais para implantação dos PROA, divididos em sessões: (1) liderança e coordenação a nível institucional; (2) estratégias de intervenção utilizadas para gestão dos antimicrobianos na instituição; (3) sistema de monitoramento da prescrição, utilização e resistência dos antimicrobianos; e (4) capacitação dos profissionais de saúde, pacientes e familiares. Como resultados, na auto avaliação inicial, encontrou-se as seguintes medianas:  58%, 43%, 41% 15%, respectivamente para as sessões 1, 2, 3 e 4. Na segunda auto avaliação, verificou-se as seguintes medianas: 65%, 62%, 56%, 25%, respectivamente para as sessões 1, 2, 3 e 4. Na auto avaliação final as medianas foram: 62%, 57%, 53%, 25%, respectivamente para as sessões 1, 2, 3 e 4. A mediana global foi de 39% para auto avaliação inicial, 51% na segunda auto avaliação e 50% na auto avaliação final. Concluiu-se que os PROAs têm sido identificados como uma estratégia útil para melhorar os resultados assistenciais, de uma maneira segura e custo-efetiva. Este estudo conseguiu demonstrar que houve melhora dos PROAs dos hospitais avaliados através da mediana global se comparado a avaliação inicial com a final. No entanto, percebeu-se que os hospitais necessitam otimizar ainda mais as propostas a fim de aumentar as medianas e, assim alcançar a excelência de 100%.

Biografia do Autor

  • EDUARDO SIGNOR BASSO, UNISC
    UNISC
  • EDUARDA STOPIGLIA ROTH, UNISC
    UNISC
  • BÁRBARA SPALL, UNISC
    UNISC
  • ROCHELE MOSMANN MENEZES, UNISC
    UNISC
  • MARCELO CARNEIRO, UNISC
    UNISC

Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde