Dois tempos históricos, dois editoriais: os sentidos do discurso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/agora.v25i1.17990

Palavras-chave:

Discurso, Sentido, Memória, Imprensa, Ideologia, Formação discursiva

Resumo

O presente artigo se constrói no marco teórico da Análise de Discurso (AD) de linha francesa, considerando as reformulações e ampliações que têm sido propostas no Brasil. A temática abordada é constitutiva do discurso editorialista em torno da Democracia e da dinâmico do jogo político no cenário nacional. Nosso olhar repousa nos saberes próprios das formações discursivas que são constitutivas do discurso da imprensa enquanto forma de produção da opinião pública. Analisamos as marcas linguístico-discursivas buscando tornar visíveis as formas de dizer do discurso da mídia e as relações com suas condições de produção. As estruturas homogeneizadas pelo dizer comportam relações com implícitos e com um imaginário já instituído.  No interdiscurso, buscamos o contínuo discursivo desencadeado pelo discurso da imprensa e neste o funcionamento ideológico que se possibilita no jogo discursivo que ali se apresenta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Renê Ayres, Unisc

Possui graduação em Letras Português/Inglês e Respectivas Literaturas pela Universidade de Santa Cruz do Sul (1987), Mestrado em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (1995) e Doutorado em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (2007). Especialização em Metodologia do ensino de Língua Portuguesa e Literatura - FISC. Atualmente é professor adjunto da Universidade de Santa Cruz do Sul. Exerce também a Coordenação do Curso de Letras e a Unisc Idiomas. Atua no curso de Graduação em Letras e no Programa de Pós-Graduação em Letras - Mestrado e Doutorado da Unisc. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Análise do Discurso e Estudos Cognitivos, atuando principalmente nos seguintes temas: texto, discurso, sentido, sujeito, leitura, cognição, letramento e ensino de Língua Inglesa. Coordena o Projeto de Pesquisa PALAVRAS, IMAGENS E DISCURSOS: A SIGNIFICAÇÃO DA SOCIEDADE DE NOSSO TEMPO. Tem ainda sob sua Coordenação o programa de Residência Pedagógica- Português e Língua Inglesa. Coordena ainda os exames de Língua Estrangeira aplicados para o Stricto Sensu e para a graduação. É responsável também pela coordenação da redação nos processos seletivos da universidade. Atualmente, é presidente da Associação dos Docentes da Unisc-Adunisc e Membro do Conselho Superior de Associação Pró-Ensino de Santa Cruz do Sul-APESC, mantenedora da Unisc.

Referências

ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelhos ideológicos de estado. 13ªed. São Paulo. Paz e Terra, 2022.

ALTHUSSER, L Posições I. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1978,

FOUCAULT, M. (1969). A Arqueologia do Saber. Trad. bras. Luis Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1986.

GREGOLIN, Maria do Rosário (org). Discurso e mídia: a cultura do espetáculo. São Paulo: Claraluz, 2003.

INDURSKY, Freda . A fala dos quartéis e outras vozes. Campinas: Ed. Da Unicamp, 1997.

INDURSKY, Freda e CAMPOS, Mario do Carmo (org.) Discurso, memória e identidade. Porto Alegre: Sagra, 2000.

NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares In: Os Lugares de Memória. (traduzido de: Les lieux de Mémoire. Paris: Gallimard, 1984.) SP - Brasil, 1993.

MUSSALIM, F. Análise do discurso. In: MUSSALIM, F; BENTES, A. C. (Orgs). Introdução à linguística: domínios e fronteiras. v. 2., 4 ed. São Paulo: Cortez, 2004.

ORLANDI, Eni. Segmentar ou recortar? In: GUIMARÃES, Eduardo (org.) Linguística:Questões e Controvérsias. Série Estudos, número 10, Uberaba, Fiube, 1984.

ORLANDI, Eni Pulcinelli . Discurso e Leitura. São Paulo, Cortez; Campinas: Editora da Unicamp, 1988.

_______. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas: Pontes, 1987.

________. As Formas do Silêncio. Campinas, UNICAMP Editora, 1992.

ORLANDI, Eni Pulcinelli. [org.] Gestos de leitura: da história no discurso. Campinas: Editora da UNICAMP, 1994.

________. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico., Rio de Janeiro: Vozes, 1996.

________. Discurso fundador: a formação do país e a construção de uma identidade nacional. Campinas: pontes, 2001.

________ . Análise de discurso. Princípios e procedimentos. 4ª edição, Campinas: Pontes, 2002.

ORLANDI, E. Michel de Pêcheux e a Análise do Discurso. Revista Estudos de Linguagem, Vitória da Conquista, n° 1, p. 9 -13, 2005.

ORLANDI, E. D. L. P. Estrutura ou Acontecimento. 7ª. ed. São Paulo: Pontes, 2014.

PÊCHEUX, M. Análise Automática do Discurso, 1969. In: GADET, F e HAK, T. (org.) Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux.3 ed. Campinas: Unicamp, 1997.

PÊCHEUX, M. O discurso. Estrutura ou acontecimento. Campinas: Pontes, 2002.

_______. (1988). Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Editora da UNICAMP, 1997.

_______. (1982). O mecanismo do (des)conhecimento ideológico. In: ZIZEK, Slavoj (org.) Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

_______. Sobre a (des)construção das teorias linguísticas. Cadernos de Tradução, 4, 35-55, 1998.

_______. Ler o arquivo hoje. IN ORLANDI, Eni. (org.) Gestos de Leitura. Da história do discurso. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1994

_______. Papel da memória. IN ACHARD, Pierre.(et al) Papel da Memória. Campinas, SP: Pontes, 1999.

RAGO, M. Libertar a História. In et all. Imagens de Foucault e Deleuze. Ressonâncias nietzscheanas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

Downloads

Publicado

2023-04-26

Como Citar

Ayres, C. R. (2023). Dois tempos históricos, dois editoriais: os sentidos do discurso. Ágora, 25(1), 233-254. https://doi.org/10.17058/agora.v25i1.17990

Edição

Seção

Tema Livre