Triagem para risco de insegurança alimentar e nutricional de famílias beneficiárias do programa bolsa família de Pantano Grande/RS
DOI:
https://doi.org/10.17058/agora.v26i1.19322Palavras-chave:
Segurança Alimentar e Nutricional, Direito Humano à Alimentação Adequada, Programas Sociais.Resumo
A pobreza e a vulnerabilidade no Brasil originam um cenário no qual a população não é contemplada com seus direitos básicos, incluindo a alimentação. Nesse sentido, a Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) é caracterizada quando uma família não tem acesso aos alimentos, em quantidade e qualidade que supra suas necessidades nutricionais. O estudo tem como objetivo avaliar o risco de Insegurança Alimentar e Nutricional e seus fatores associados em famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família (PBF), no município de Pantano Grande, RS. A pesquisa foi do tipo transversal com abordagem quantitativa a partir de uma amostra não probabilística, com famílias beneficiadas pelo PBF. Foram aplicados três questionários, sendo um para avaliar os dados socioeconômicos, um de Triagem para Risco de Insegurança Alimentar e outro para avaliar os marcadores de consumo alimentar. Os dados foram analisados no software EpiInfo versão 7.2.5.0. Foram avaliadas 44 famílias e a prevalência de IAN foi de 91%, sendo 75% de IAN grave. Dentre os resultados, a IAN foi mais presente nas famílias chefiadas por mulheres brancas (38,7%; n=17), com idade entre 29 e 50 anos (59,1%; n=26), solteiras (59,1%; n=26), desempregadas (65,9%; n=29), que recebiam menos de um salário mínimo (54,5%; n=24) e com ensino fundamental incompleto (38,7%; n=17), contudo os resultados não apresentaram diferença estatística. Conclui-se que é necessário a implementação de políticas públicas para garantir o direito humano à alimentação adequada e a criação de programas complementares de geração de renda, principalmente para população que já se encontra em situação de vulnerabilidade social.
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