Desenvolvimento sustentável e gênero: mulheres protagonistas na produção de alimentos
DOI:
https://doi.org/10.17058/agora.v25i2.18723Palabras clave:
Horta Urbana, Gênero, Mulher, Desenvolvimento SustentávelResumen
Iniciativas de agricultura urbana, como hortas comunitárias primam por mobilizar a comunidade para transformar espaços muitas vezes degradados e ociosos em espaços saudáveis que fornecem as mais diversas hortaliças. As hortas oferecem espaço de convivência e reconexão com a natureza, ao mesmo tempo que dão aos participantes autonomia para atender suas próprias necessidades e melhorar a qualidade de vida. A incorporação das ações de produção e plantio de hortas urbanas comunitárias e de uma culinária saudável, contribui para a promoção da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, instituída pelo Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012, e da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, instituída pelo Decreto nº 7.272, de 25 de agosto de 2010 que fomenta a soberania e segurança alimentar e nutricional, direito à alimentação adequada e saudável, estruturação e fortalecimento dos sistemas sustentáveis e uso sustentável dos recursos naturais. Esses atos também podem servir como exemplo para a implementação da Política Nacional de Agricultura Urbana. Nessa direção, o objetivo da pesquisa é analisar os processos históricos, econômicos e socioculturais que engendram a dimensão de gênero que permeia a questão do desenvolvimento sustentável e a emancipação de mulheres em situação de vulnerabilidade. Para desenvolver esta questão, é necessário a incorporação da mulher no contexto dos debates de desenvolvimento sustentável. Existe a demanda da mulher em alcançar a igualdade legal, política e social, através de sua inclusão no esboço de políticas públicas, que reflita em uma melhoria de posição frente a desigualdade na relação entre os gêneros, permitindo assim seu empoderamento, reduzindo a vulnerabilidade em que está inserida.
Descargas
Citas
ABREU, Ângela Maria Ribeiro da Silva Morais. Hortas urbanas–contributo para a sustentabilidade. Caso de estudo:“Hortas comunitárias de Cascais”. 2012. Tese de Doutorado. Faculdade de Ciências e Tecnologia.
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Zahar, 2003.
BOCCATO, Vera Regina Casari. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006.
BORGES, Isabella Nogueira. As hortas comunitárias urbanas e suas contribuições para a educação ambiental e a sustentabilidade: compreensões e experiências dos usuários da Horta Comunitária do Guará–DF. 2019.
BRAIDO, J. F. O bairro que chegou num navio: Santa Felicidade, centenário. Curitiba: Editora Lítero-Técnica, 1978.
BRANCO, Marina Castelo; DE ALCANTARA, Flávia A. Hortas urbanas e periurbanas: o que nos diz a literatura brasileira? Horticultura brasileira, v. 29, p. 421-428, 2011.
BRASIL. Decreto nº 7.272, de 25 de agosto de 2010.
BRASIL. Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012.
CARDOSO, JULIA C. P. SCHOLOCHUSKI. Curitiba e Desigualdade: sentidos de bairro e de cidade tecidos por crianças de regiões e contextos socioeconômicos diferentes. 193f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2018
CAVALCANTI, C. Sustentabilidade: mantra ou escolha moral? Uma abordagem ecológico-econômica. Estudos Avançados, São Paulo: Universidade de São Paulo, 23 abr. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/9ZYvvpnFbwZWtCyjzhd55nS/?lang=pt. Acesso em: 01 mai. 2022.
CRESWELL, John W.; CLARK, Vicki L. Pesquisa de métodos mistos. Porto Alegre: Penso, 2007.
DE OLIVEIRA, Marcia Maria Fernandes; BAPTISTA, Eduardo. Bairro Tatuquara-Curitiba/PR: uma abordagem socioambiental. Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade, v. 8, n. 4, p. 8-19, 2015.
ENGELS, Friedrich. A origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Trabalho relacionado com as investigações de L. H. Morgan. Trad. Leandro Konder. 9. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984
ESTEVE, Esther Vivas. O negócio da comida. Quem controla nossa alimentação, v. 1, 2017.
FAO. The role of women in agriculture. ESA Working Paper No. 11-02, mar. 2011. Disponível em: http://www.fao.org/3/am307e/am307e00.pdf. Acesso em: 22 fev. 2021.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Tradução do coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017.
FEDERICI, Silvia. O feminismo e as políticas do comum em uma era de acumulação primitiva. In: MORENO, R. (Org). Feminismo, economia e política: debates para a construção da igualdade e autonomia das mulheres. São Paulo: SOF, 2014. p. 145-157.
FEDERICI, Silvia. O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. Tradução de Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2019a.
HIRATA, Helena. Nova divisão sexual do trabalho? Um olhar voltado para a empresa e a sociedade. São Paulo: Bontempo, 2002.
HIRATA, Helena; KERGOAT, Danièle. Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de pesquisa, v. 37, p. 595-609, 2007.
LEE, Richard B. Politics, sexual and non-sexual, in an egalitarian society. In: LEACOCK, Eleanor; LEE, R. (Eds.) Politics and history in band societies. Cambridge: The University Press, 1989.
LERNER, Gerda. A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. Editora Cultrix, 2020.
MACEDO, Neusa Dias de Macedo. Inicialização à Pesquisa Bibliográfica: guia do estudante para a fundamentação do trabalho de pesquisa/Neusa Dias de Macedo.-. Revista–São Paulo: Edições Loyola, 1994.
MAGALHÃES, Manuela Raposo. A arquitectura paisagista: morfologia e complexidade. 2001.
MARÉS, Carlos. A função social da terra. Curitiba: Arte & Letra, 2021.
MARX, Karl. O capital-Livro 1-Vol. 1 e 2: O processo de produção do capital. Editora José Olympio, 2016.
MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Feminismo e Política. São Paulo: Boitempo, 2014. PAULILO, Maria Ignez. Mulheres Rurais: quatro décadas de diálogo. Florianópolis: UFSC, 2016. 383 p.
MORAES, Bárbara Moraes et al. ECOMAMOR: A GESTÃO COLETIVA DE MULHERES NA PRODUÇÃO DE HORTAS AGROECOLÓGICAS EM GOIÂNIA. Cadernos de Agroecologia, v. 15, n. 3, 2020.
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Nações Unidas Brasil. Meio ambiente saudável é declarado direito humano por Conselho da ONU. [S.l.]. Nações Unidas Brasil, 2021. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/150667-meio-ambiente-saudavel-edeclarado-direito-humano-por-conselho-da-onu. Acesso em: 01 mai. 2022
Nazar, A. & Zapata E. (2000). Las mujeres en el discurso del desarrollo. Desarrollo, bienestar y género: consideraciones teóricas. Revista de Estudios de Género. La Ventana, 11, 73-118.
ONU. BRASIL. Transformando nosso mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, 2015. Disponível emhttp://www.itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/Agenda2030-completo-site.pdf. Acesso em 04 de março de 2023
ORTNER, Sherry B. Está a mulher para o homem assim como a natureza para a cultura? In ROSALDO, Michelle Zimbalist & LAMPHERE, Louise (org.). 1979. A mulher, a cultura e a sociedade, 95-120. (Coleção O Mundo, hoje, 31) Rio de Janeiro: Paz e Terra.
OTTMANN, Michelle Melissa Althaus et al. Impactos ambientais e sócio-econômicos das hortas comunitárias sob linhas de transmissão no bairro Tatuquara, Curitiba, PR, Brasil. Revista Brasileira de Agroecologia, v. 5, n. 1, p. 86-94, 2010
PAULILO, María Ignes. Movimentos das mulheres agricultoras e os muitos sentidos da “igualdade de gênero”. Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas, v. 2, p. 179-202, 2009.
PINTO, Rute Sofia Borlido Fiúza Fernandes et al. Viabilidade ambiental das hortas urbanas enquanto espaços para o desenvolvimento sustentável. 2011.
PINTO, Rute Sofia Borlido Fiúza Fernandes. Hortas urbanas: Espaços para o desenvolvimento sustentável de Braga. 2007. Tese de Doutorado. Universidade do Minho (Portugal).
PREFEITURA DE CURITIBA, 2022. Greca inaugura horta urbana, que leva comida saudável a famílias do Órleans. Disponível em < https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/greca-inaugura-horta-urbana-que-leva-comida-saudavel-a-familias-do-orleans/62632> Acesso em: 28 jul. 2023
REDEPENSSAN. II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da COVID-19 no Brasil (II VIGISAN):relatório final. Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar –PENSSAN. São Paulo, SP: Fundação Friedrich Ebert: Rede PENSSAN, 2022. Disponível em: https://olheparaafome.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Relatorio-II-VIGISAN-2022.pdf
SILIPRANDI, Emma. A ALIMENTAÇÃO COMO UM TEMA POLÍTICO DAS MULHERES. Ariús, Campina Grande, v. 18, n. 1, p. 143-159, jun. 2012.
SOUSA, Josivânio Silva de et al. O ensino do sistema de numeração com ênfase em resolução de problemas, jogos e aplicações. 2018.
SOUSA, Luana Passos de; GUEDES, Dyeggo Rocha. A desigual divisão sexual do trabalho: um olhar sobre a última década. Estudos avançados, v. 30, p. 123-139, 2016.
TAVARES, Beatriz Carvalho; MINUZZO, Daniela; DOS SANTOS, Annah Bárbara Pinheiro. Protagonismo feminino e divisão sexual do trabalho no ambiente rural: Articulação do grupo de mulheres residentes e produtoras de café da comunidade Fazenda Alegria, Caparaó-ES. Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas, v. 41, n. 1, p. 97-113, 2021.
##submission.downloads##
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Maria Cecília Pilla, Cilene da Silva Gomes Ribeiro, Taciane
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.