Proposta de Patrimônio Alimentar no Mercado São Sebastião, em Fortaleza (CE): registrar para não desaparecer
DOI:
https://doi.org/10.17058/agora.v26i2.19600Palavras-chave:
gastronomia, cozinha cearense, cultura alimentar, patrimônio, Mercado São SebastiãoResumo
O artigo traz uma proposta de patrimonialização alimentar com o objetivo de registrar e preservar as práticas alimentares tradicionais no Mercado São Sebastião, localizado em Fortaleza, Ceará, para salvaguardar o saber-fazer local, incentivando a sua continuidade. Foi realizada pesquisa qualitativa exploratória do tipo bibliográfica, documental e de campo, abordando a temática da cultura alimentar cearense encontrada no referido mercado. Ponto de encontro emblemático da cultura alimentar cearense, especialmente do sertão, o Mercado São Sebastião, é considerado um importante representante dessa tradição na cidade. Com mais de 400 boxes, o mercado oferece uma variedade de produtos característicos das regiões cearenses, sertão, serra e litoral, incluindo hortifrútis, carnes, laticínios, peixes, frutos do mar, pratos e preparações tradicionais. Pela riqueza de seu acervo, considerando a transversalidade conceitual da cultura alimentar e sua relação direta com a memória, cultura, territorialidade e identidade, destaca-se a necessidade de preservação desse conhecimento tradicional e ancestral para as futuras gerações. O estudo discute como a patrimonialização pode contribuir para isto, uma vez que a dinâmica das práticas culturais ali vividas, permite que continuem a ser construídas e ressignificadas, promovendo a identificação e o pertencimento cultural. Deste modo, o artigo propõe uma reflexão sobre a patrimonialização, apresentando um recorte da representatividade alimentar cearense no espaço, e também ressalta a importância do desenvolvimento de políticas públicas que reforcem o Mercado São Sebastião como um patrimônio cultural do Ceará, fonte de valor econômico, social e cultural.
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