Prescrição antimicrobiana e resistência bacteriana em uma Unidade de Terapia Intensiva Brasileira

Autores

  • Lucia Collares Meirelles Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6906-8615
  • Vera Lúcia Milani Martins Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4769-3049
  • Diogo Pilger Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8171-2688

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v14i1.19024

Palavras-chave:

Antibacterianos, Resistência microbiana a medicamentos, Unidade de terapia intensiva, Testes laboratoriais.

Resumo

Justificativa e Objetivos: a resistência antimicrobiana é uma das principais preocupações de saúde pública em todo o mundo. As Unidades de Terapia Intensiva têm uma alta prevalência de microorganismos resistentes e infecções, e o uso racional de antibióticos é uma das principais estratégias para lidar com esse problema. Este trabalho teve como objetivo descrever padrões associados a medicamentos antimicrobianos, bem como o perfil de resistência dos microorganismos. Métodos: foi realizado um estudo observacional utilizando dados de pacientes hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva que utilizaram agentes antimicrobianos. Resultados: causas respiratórias e cardiológicas foram os motivos mais frequentes de admissão, com cefalosporinas (29,02%), penicilina (25,84%) e macrolídeos (16,10%) sendo as classes de antibióticos mais utilizadas. Os microorganismos predominantes foram Klebsiella pneumoniae (13,98%), Staphylococcus aureus (13,44%) e Acinetobacter baumannii (11,83%). Culturas de urina e aspirado traqueal foram os testes de cultura com maior crescimento de microorganismos gram-negativos. Pacientes com bactérias isoladas no aspirado traqueal tiveram internações mais longas; 20 pacientes tiveram culturas de vigilância positivas; e a taxa de mortalidade encontrada foi de 55,45%. Conclusão: o estudo combinou o perfil epidemiológico da instituição com características dos pacientes, microorganismos isolados e resultados.

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Publicado

2024-05-14

Como Citar

Collares Meirelles, L., Milani Martins , V. L. ., & Pilger, D. (2024). Prescrição antimicrobiana e resistência bacteriana em uma Unidade de Terapia Intensiva Brasileira. Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 14(1). https://doi.org/10.17058/reci.v14i1.19024

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL