Pseudo eliminação da hanseníase em estado no nordeste brasileiro: análise a partir de regressão por pontos de inflexão e modelo bayesiano empírico local

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v9i1.11649

Resumo

Justificativa e Objetivos: Alagoas configura-se como um estado brasileiro no qual a hanseníase encontra-se eliminada, todavia há evidências de que se trata de uma pseudo eliminação. Neste sentido o objetivo do estudo foi analisar a dinâmica temporal e espacial da Hanseníase no estado de Alagoas-Brasil, entre 2010-2015. Métodos: Foi realizado estudo ecológico incluindo seis indicadores de monitoramento da hanseníase obtidos a partir de dados secundários do Sistema Nacional de Agravos de Notificação Para a análise temporal, adotou-se joinpoint regression model. A tendência foi classificada em crescente, decrescente ou estacionária. Para a análise espacial, utilizou-se o Modelo Bayesiano Empírico Local e a Estatística de Moran Global e Local. Resultados: A análise por joinpoint mostrou tendência de redução do coeficiente de prevalência (APC=-11,2; p=0,008) e de aumento da proporção de contatos examinados (APC=7,0; p=0,015). O coeficiente de detecção geral e de indivíduos com grau II de incapacidade física, bem como a proporção de cura apresentaram padrão estacionário. O coeficiente de detecção em menores de 15 anos mostrou inversão da tendência a partir de 2013 (APC=7,8; p=0,011). A estatística de Moran mostrou autocorrelação espacial, com municípios mais prioritários no sertão do estado. Conclusão: Apesar de a hanseníase ser considerada eliminada em Alagoas, a elevada carga na população geral, a presença em menores de 15 anos e de indivíduos incapacitados, a frágil proporção de cura, a qualidade duvidosa do exame de contatos e a localização geográfica do estado constituem elementos que sustentam que a eliminação trata-se de um processo operacional e não real. Descritores: Hanseníase. Análise espacial. Informática médica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Dornels Freire de Souza, Docente do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)- Campus Arapiraca. Programa de pós-graduação em Saúde Pública- Doutorado- Fiocruz Pernambuco.

Fisioterapeuta pela Universidade Tiradentes (UNIT) Especialista de Análise de Situação de Saúde pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (ITPS/UFG) Mestre em Planejamento Territorial- Geoprocessamento aplicado ao planejamento pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) Doutorando em Saúde Pública pelo Instituto Aggeu Magalhães - Fundação Oswaldo Cruz Pernambuco (IAM/FIOCRUZ) Professor assistente do curso de medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)- Campus Arapiraca.

Thiago Cavalcanti Leal, Universidade Federal de Alagoas- Campus Arapiraca Curso de Medicina

Acadêmico do curso de medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)- Campus Arapiraca

João Paulo de Paiva, Universidade Federal de Alagoas- Campus Arapiraca Curso de Medicina

Acadêmico do curso de medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Campus Arapiraca

Emmylly Maria Correia Ferro de Araújo, Universidade Federal de Alagoas- Campus Arapiraca Curso de Medicina (UFAL)- Campus Arapiraca

Acadêmico do curso de medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Campus Arapiraca

Franklin Gerônimo Bispo Santos, Professor adjunto IV do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)- Campus Arapiraca.

Médico veterinário pela Universidade Federal de Pernambuco Doutor em Ciências Biológicas (Microbiologia) pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) Professor adjunto IV do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)- Campus Arapiraca.

Downloads

Publicado

2019-01-03

Como Citar

Souza, C. D. F. de, Leal, T. C., Paiva, J. P. de, Araújo, E. M. C. F. de, & Santos, F. G. B. (2019). Pseudo eliminação da hanseníase em estado no nordeste brasileiro: análise a partir de regressão por pontos de inflexão e modelo bayesiano empírico local. Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 9(1). https://doi.org/10.17058/reci.v9i1.11649

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL