HIV e tuberculose infantil: a fragmentação do fluxo de informação no interior paulista
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v14i1.18782Palavras-chave:
Vírus da Imunodeficiência Humana, Tuberculose, Saúde da Criança, Doenças NegligenciadasResumo
Justificativa e Objetivos: crianças ainda são afetadas pelo HIV e pela tuberculose (TB). Dessa forma, o objetivo do estudo foi identificar a ocorrência de casos de HIV e TB em crianças. Métodos: trata-se de estudo epidemiológico, não experimental, retrospectivo, em que a população foi constituída pelo registro de casos infantis de HIV e TB residentes em um município do interior do estado de São Paulo, no período de 2012 a 2022, na faixa etária de zero a 13 anos de idade. Após a coleta de dados, foi realizada a verificação de consistência e validade dos dados, seguida do tratamento categorizado das informações para análises descritivas e apresentação em tabelas de frequência absoluta e relativa. Resultados: no período de estudo, foram identificados seis casos de HIV e sete de TB em crianças com média anual respectiva de 0,033 e 0,031 casos/1.000 habitantes com idade até 13 anos. Verificaram-se 146 notificações de criança exposta ao HIV. Houve diferença de meses a anos entre as datas de diagnóstico e de notificação, o que diverge do recomendado pelo Ministério da Saúde. Foi verificada a incompatibilidade entre plataformas de registro de âmbito municipal e estadual, o que evidencia uma quebra do fluxo de informação das notificações. Conclusão: houve ocorrência de casos de HIV e TB infantil nos últimos dez anos. Foram identificados problemas estruturais na fragmentação do fluxo da informação que subsidia ações de saúde de acordo com as necessidades da população, o que ofusca a capacidade de resposta do sistema de saúde.
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