Análise de prescrições de antifúngicos em uma Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v14i4.19123Palavras-chave:
Antifúngicos, Atenção Primária à Saúde, Uso de Medicamentos, FarmacoepidemiologiaResumo
Justificativa e Objetivos: o uso inadequado de agentes antifúngicos acarreta o desenvolvimento de resistência e a falta de efetividade do tratamento, o que pode levar ao agravamento do quadro clínico e à persistência das infecções, ao aumento das taxas e à prolongação das internações hospitalares, além de óbitos e elevação dos custos em saúde. O presente estudo teve como objetivo analisar as prescrições de antifúngicos em uma Unidade Básica de Saúde da Região de Saúde Sul do Distrito Federal, Brasil. Métodos: trata-se de estudo transversal, descritivo e observacional, no qual foram avaliadas as segundas vias das prescrições retidas na farmácia. Resultados: foram analisadas 69 prescrições dispensadas em outubro de 2019. Em relação à prescrição de medicamentos segundo a Denominação Comum Brasileira (DCB) e à verificação da presença dos antifúngicos na Relação de Medicamentos Essenciais do Distrito Federal (REME-DF), encontraram-se taxas superiores a 90% nos documentos analisados. Apenas uma prescrição continha a associação de dois antifúngicos. A categoria prescritora predominante foi a enfermagem, seguida por médicos e odontólogos. Os antifúngicos mais prescritos foram fluconazol e miconazol. As vias de administração presentes nas prescrições foram oral e tópica. Conclusão: a escassez de estudos sobre o uso de antifúngicos na atenção primária ressalta a importância desta investigação para a geração de conhecimento especializado sobre o tema.
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Referências
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