Prática da antissepsia cirúrgica das mãos em um hospital universitário: estudo de prevalência observacional
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v15i1.19191Palavras-chave:
Antisepsis, Surgicenters, Cross InfectionResumo
Justificativa e Objetivos: a antissepsia cirúrgica das mãos é medida essencial na prevenção de infecção de sítio cirúrgico, tendo como finalidade a redução e eliminação da carga microbiana na pele dos profissionais que participam de procedimentos cirúrgicos. Contudo, estudos têm evidenciado que a equipe cirúrgica tem negligenciado esta prática. Neste contexto, o objetivo da pesquisa foi avaliar a prática da antissepsia cirúrgica das mãos entre os membros da equipe cirúrgica de um hospital de ensino. Métodos: estudo observacional, descritivo, de abordagem quantitativa, realizado no período de 20 de setembro a 20 de outubro de 2023. Os dados foram transcritos em planilha, tabulados e analisados por meio de frequência absoluta e relativa. Resultados: foram observadas 238 antissepsias cirúrgicas das mãos. Em 100% das práticas, os profissionais não utilizaram adornos; a fricção das mãos até o cotovelo ocorreu em 96,22%; a manutenção das mãos acima do cotovelo ocorreu em 80,25%; o enxague em água corrente total ocorreu em 78,57%; e o enxágue em uma única direção ocorreu em 83,19%. Contudo, o tempo utilizado na realização da técnica foi adequado em 12,74% das observações para a primeira cirurgia do turno e, em 23,53%, para a segunda. A adequação geral da prática foi de 9,31% e 17,65% para a primeira e segunda antissepsia do turno, respectivamente. Conclusão: a pesquisa revelou deficiências, principalmente no tempo dedicado à realização da prática, adequação geral baixa na prática de antissepsia cirúrgica das mãos, resultado preocupante considerando o papel do hospital como instituição de ensino na formação multiprofissional na área da saúde.
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