Cooperativa integral, organicidade socioprodutiva e governança autogestionária: explorando confluências, possibilidades e limites para a construção de um território sustentável
DOI:
https://doi.org/10.17058/redes.v27i1.17516Palavras-chave:
Comunidade quilombola, Cooperativa integral, Organicidade socioprodutiva, Governança autogestionária, Território autossustentávelResumo
Inserido na interseção entre os campos de estudos territoriais e organizacionais, este artigo explora as possibilidades histórico-geográficas e os limites estruturais-sistêmicos de iniciativas emancipatórias, notadamente a partir de um programa de extensão realizado em uma comunidade tradicional. Ao articular os conceitos de governança autogestionária, organicidade socioprodutiva e cooperativa integral, o artigo objetivou analisar os elementos que contribuem para a instituição de uma governança territorial autogestionária. O campo empírico foi a construção da cooperativa integral Quilombarras, da comunidade quilombola Barra da Aroeira, localizada no estado do Tocantins. Trata-se de uma composição teórica a partir das reverberações de um estudo de caso, dentro de um percurso metodológico que agregou pesquisa-ação com a perspectiva crítico-dialética. Os resultados mostram que o horizonte da governança territorial autogestionária, para ser alcançado, requer a confluência de elementos que ampliem a governança política da comunidade, bem como, a construção de relações sociais de produção lastreadas em um sistema de organicidade socioprodutiva à vista da sustentabilidade do território, em conjunto com a ampliação e adequação das forças produtivas que o constituem.
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