Dinâmicas de interface social e intervenção pública: o caso da extensão rural do Rio Grande do Sul

Autores

  • Cidonea Machado Deponti
  • Jalcione Almeida

DOI:

https://doi.org/10.17058/redes.v17i2.1866

Palavras-chave:

desenvolvimento rural, interface social, agência humana, extensão rural pública

Resumo

Este artigo trata das dinâmicas sociais no trabalho de intervenção da extensão rural pública no Rio Grande do Sul. Essas dinâmicas representam a/o relação/encontro estabelecida/o entre os agentes envolvidos no processo de desenvolvimento rural. A EMATER/RS-ASCAR é a Agência oficial de extensão rural e as suas ações e práticas são realizadas por extensionistas que se constituem como agentes de desenvolvimento. Através da noção de interface social é possível verificar como o público-meta é envolvido nos projetos dos extensionistas e como esse público reage e aciona formas estratégicas de negociação e de manobra, buscando legitimar seus interesses. Utiliza-se de uma metodologia qualitativa para compreender o processo de intervenção para o desenvolvimento rural a partir das noções teóricas de interface social e de agência humana, obtida na Perspectiva Orientada ao Ator desenvolvida por Long (2001; 2007a) e Long e Ploeg (1989; 1994). Para tanto, dividiu-se o artigo em quatro seções. A primeira trata da relação entre extensão rural e intervenção para o desenvolvimento e aborda rapidamente a Agência de extensão rural: EMATER/RS-ASCAR. As três seguintes tratam especificamente sobre as dinâmicas de interface social estabelecidas entre a Agência, extensionistas e o público-meta. Concluiu-se que o processo de intervenção para o desenvolvimento rural apresenta negociações de objetivos e de demandas, podendo remeter a situações de conflito, em que tanto agricultor quanto técnico apresentam margens de manobra. Os encontros de interface social entre extensionistas e agricultores ocorrem diariamente e em algumas situações a relação de interface se estabelece e manifesta o conhecimento híbrido (interação do conhecimento contextual e científico). Em outras situações a interface social não se estabelece e os mundos de vida do extensionista e do agricultor reafirmam-se e mantêm-se à parte.

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Publicado

2012-05-02

Como Citar

Deponti, C. M., & Almeida, J. (2012). Dinâmicas de interface social e intervenção pública: o caso da extensão rural do Rio Grande do Sul. Redes, 17(2), 195-214. https://doi.org/10.17058/redes.v17i2.1866

Edição

Seção

Artigos