Las Patronas e sua construção de agencia em torno a migração centro-americana em trânsito por México

Resumo

Em um contexto em que as politicas migratórias são cada vez mais restritas visando limitar a mobilidade das pessoas, principalmente daquelas que são realizadas com fins não comercias ou de turismo de alta renda, as consequências tem sido a discriminação, criminalização e a violência para quem não têm os “requisitos estabelecidos”. Como contrapeso, é preciso sinalizar a emergência de coletivos da sociedade civil que constroem redes de apoio para quem migra em situação de vulnerabilidade. Com informação obtida através de uma etnografia multisituada e tendo como referencial analítico a capacidade de agência e a experiência, proposta por Norman Long, este artigo apresenta o caso de “Las Patronas” e suas ações em torno da migração centro-americana em trânsito por México. As mulheres, “Las Patronas”, estão transformando a realidade não apenas dos migrantes em trânsito, embora também da sua comunidade. A partir das suas ações em beneficio dos migrantes de passagem se tornaram gradualmente o centro das atenções (e um exemplo a seguir) para outros coletivos, voluntários e até instituições de nível nacional e internacional; assim, sua comunidade tem se beneficiado aos poucos das ações de “Las Patronas” e de agentes externos.